INSTITUTO BRASILEIRO DO PETRÓLEO SUGERE MUDANÇAS NAS REGRAS DOS PRÓXIMOS LEILÕES DO PRÉ-SAL
O Instituto Brasileiro do Petróleo, IBP, divulgou uma nota para dar sua opinião em relação aos resultados do leilão da 6ª Rodada de Licitação de Partilha da Produção e do Leilão dos Excedentes da Cessão Onerosa. Mesmo com uma tímida participação da Petrobrás e duas empresas chinesas, o IBP disse que os resultados “mostram que o setor segue interessado no país.” Esta é uma visão diferente da que todo mercado viu. A palavra de otimismo até caberia, mas teria que ser mais dentro da realidade. E esta realidade mostrou que houve um claro posicionamento de grandes petroleiras internacionais, que mandaram um recado claro com suas omissões: se não houver mais clareza no sistema de vendas, não arriscarão nada. A nota do IBP até fala sobre este contexto. Veja os principais trechos:
“…A não participação das grandes empresas globais indica a oportunidade de ajustes nas regras vigentes. Dentre as possíveis mudanças, a indústria sugere um calendário de leilões menos concentrado, a readequação das condições mínimas de participação, bem como um ajuste do perfil de risco frente às oportunidades globais. Um ponto importante é evoluir para um único modelo de exploração e produção, o de concessão. Este regime permite ao país extrair maior valor das reservas, vez que é mais simples, de menor custo e estimula a competição.
Tais recomendações são no sentido de melhorar ainda mais o ambiente de negócios no setor de óleo e gás do país, que já teve uma substancial evolução nos últimos anos. O fato de alguns blocos não terem sido arrematados nos dois últimos leilões não demonstra menor apetite da indústria pelo Brasil. As empresas já contam em seus portfólios com ativos de classe mundial do pré-sal e do pós-sal, que irão assegurar investimentos superiores a US$ 40 bilhões por ano na próxima década.
O desenvolvimento desse expressivo volume de reservas se traduzirá em investimentos, tributos, empregos e geração de renda no país, confirmando o compromisso inequívoco da indústria para com o Brasil.”
Mais uma vez o IBP quer regras que interessam aos de fora. Por que? No mundo de hoje abundante em petróleo pronto para ser produzido, ou em fase prévia bem adiantada, é óbvio que todos preferem comprar ativos de produção, sem risco, ao invés de investirem no risco da exploração mesmo nos bons ativos do pré-sal. E ainda mais com a liquidação que está sendo feita no Brasil que já renegociou tais tipos de ativos à preços no mínimo questionáveis. No Brasil o cenário está absolutamente maluco. Vamos aos fatos: No mercado daqui, a Equinor anuncia que o campo de… Read more »