FORNECIMENTO DO GÁS PARA O BRASIL NÃO SOFRE PROBLEMAS COM A INSTABILIDADE POLÍTICA NA BOLÍVIA

Até aqui está tudo bem com o fornecimento do gás boliviano ao Brasil. As autoridades da Bolívia chegaram a emitir um alerta para a Petrobrás sobre uma possível oscilação na chegada do gás, mas não houve nenhuma intercorrência. A coisa parece ir para o lugar depois do apoio brasileiro ao reconhecer logo  a senadora  Jeanine Añez se encontrou com o alto comando militar e da polícia do país, no Palácio Quemado, sede do governo, se auto proclamando na presidência do país. A estatal boliviana YPFB comunicou mesmo em meio a crise já informou que até agora tudo está caminhando dentro do acordado com o Brasil. O mercado   não vê risco de interrupção no suprimento e não trabalha com esta hipótese.

O que pode acontecer é uma nova negociação  para a compra de gás natural por empresas privadas a partir de 2020, um dos primeiros passos do Programa choque de energia barata. O Brasil, inclusive, estava programando uma redução substancial na quantidade de gás comprado da |Bolívia. Com a subida de um governo alinhado com o Brasil, há uma possibilidade dos novos limites serem revistos.

A Bolívia representa um quinto da demanda brasileira de gás, de acordo com o  Ministério de Minas e Energia. Até agosto as importações foram em torno  de 15  de metros cúbicos por dia.  Parte do consumo  é suprido por gás importado por navios, por meio de três terminais de regaseificação instalados no Rio, na Bahia e no Ceará, em torno 9,2 milhões de metros cúbicos por dia.