HOMENAGEADOS DO PRÊMIO DE RECONHECIMENTO NUCLEAR ENALTECEM IMPORTÂNCIA DA FONTE PARA O FUTURO DO PAÍS | Petronotícias




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HOMENAGEADOS DO PRÊMIO DE RECONHECIMENTO NUCLEAR ENALTECEM IMPORTÂNCIA DA FONTE PARA O FUTURO DO PAÍS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entregou o prêmio para o Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira

O setor nuclear se reuniu em peso na tarde desta sexta-feira (22) na cerimônia de entrega do Prêmio de Reconhecimento Nuclear 2019, realizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), no Rio de Janeiro. Os quatro homenageados no evento, o Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira; os pesquisadores Aldo Malavasi e Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho; e o engenheiro João Carlos Cunha Bastos, tiveram um discurso bem alinhado no sentido de ressaltar a importância da energia nuclear para o futuro do país. Com a proximidade do lançamento do Plano Nacional de Energia 2050, no próximo mês, que a expectativa é de que o governo confirme a construção de até seis novas usinas nucleares no país.

O Almirante Bacellar Leal Ferreira, por exemplo, disse durante sua fala de agradecimento que a “energia nuclear vai ajudar o Brasil a resolver muitos dos problemas que enfrenta hoje”. Ele, como se sabe, foi Comandante da Marinha até o início desse ano. Enquanto esteve no posto, Ferreira foi um grande incentivador da utilização da fonte nuclear, com contribuições importantes para o Programa Nuclear Brasileiro e para o projeto de construção de novos submarinos da Marinha. Atualmente, o almirante é o Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás. Ele recebeu o prêmio das mãos do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e estendeu a homenagem aos seus companheiros de Marinha. “Eu gostaria de dividir esse prêmio com todos da Marinha que participaram, quando eu ainda era Comandante, da enorme construção do projeto de submarino nuclear. É uma construção que começou há muito tempo atrás, onde eu contribui colocando um pequeno tijolinho”, declarou.

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André Salgado, um dos vice-presidentes da Abdan, ao lado do homenageado João Carlos Bastos

Outro homenageado foi o diretor de operações da Eletronuclear, João Carlos Bastos. O executivo ocupa o posto desde setembro de 2015. Ao longo de sua carreira, acumula uma experiência de 40 anos dentro do mercado nuclear. “Quero dividir essa medalha com todos que ajudaram a contribuir com essa carreira que está sendo honrada pelo senhores e senhoras. Quero dizer o seguinte: a energia nuclear é, de fato, segura e, nesses anos, todos já demonstramos que somos capazes de contribuir de uma forma muito positiva para o engrandecimento do nosso país“, disse.

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O vice presidente da Abdan Orpet Peixoto entregou o prêmio para Aldo Malavasi

O terceiro homenageado do dia foi o pesquisador Aldo Malavasi, que até o ano passado liderava o Departamento de Ciências Nucleares e Aplicações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Além dos agradecimentos por ter sido um dos premiados da tarde, Malavasi reforçou a necessidade da indústria trabalhar para incentivar a inclusão de novos profissionais no mercado nuclear. Como se sabe, esta é uma das preocupações do segmento, já que com o envelhecimento dos profissionais que estão atuando hoje, é preciso investir na formação de jovens que irão assumir futuramente as funções estratégicas do setor.

A lista de homenageados teve ainda o físico Carlos Alberto Carvalho Filho. Ele já foi presidente do CNPq e acumula passagens por diversas outras entidades ligadas à pesquisa e desenvolvimento. Hoje, é assessor na Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade da Marinha. A entidade é responsável por produzir  normas e regulamentos necessários para o licenciamento do primeiro submarino nuclear brasileiro.

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O vice presidente da Abdan Carlos Leipner ao lado de Carlos Alberto Carvalho Filho

Carvalho Filho também trabalhou, em conjunto com especialistas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da elaboração de uma proposta de segregação das funções de órgão regulador e de fomento e produção, que hoje são acumuladas pela CNEN. A ideia é criar uma autoridade nacional de segurança nuclear, que seria uma entidade independente e com capacidade técnica própria, seguindo recomendações da AIEA. O novo órgão seria fundamental para o desenvolvimento de projetos futuros no Brasil, como a conclusão das obras de Angra 3 e a construção de novas centrais nucleares. “Reitero meu agradecimento e congratulo a Abdan pela firme e constante atuação em prol do setor nuclear“, concluiu.

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