INB VAI INAUGURAR SUA 8ª CASCATA DE ULTRACENTRÍFUGAS E AUMENTAR EM MAIS 20% A PRODUÇÃO DE URÂNIO ENRIQUECIDO NO BRASIL
Na próxima sexta-feira (29) a Indústrias Nucleares do Brasil – INB dará mais um passo rumo à ampliação da capacidade de enriquecimento de urânio no Brasil. Com a inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende, no Rio de Janeiro. A empresa aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a Usina Nuclear de Angra 1. Com o aumento da produção, a INB somará o equivalente a R$6 milhões de economia de divisas ao montante de R$36 milhões anuais já economizados com a produção das sete cascatas em funcionamento. A cada avanço na ampliação da Usina de Enriquecimento de Urânio, a INB reduz a necessidade de comprar urânio enriquecido no exterior para a produção de combustível para as usinas nucleares nacionais.
A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil, que visa a instalação de dez cascatas ultracentrífugas. Previsto para ser concluído em 2021, ao final, o projeto atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata está com parte da estrutura pronta, aguardando instalação da ultracentrífuga pela Marinha. A previsão é que seja inaugurada no final de 2020. O Brasil faz parte de um seleto grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. Além do Brasil, estão na lista os Estados Unidos, a China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e a Inglaterra.
Encontrado em sua forma natural, o urânio não produz energia. O processo de enriquecimento é realizado para separar e aumentar a concentração de um dos isótopos naturais de urânio, que sofre um processo de fissão nos núcleos dos reatores nucleares. A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas de Angra 1 e 2 e, no futuro, Angra 3. A tecnologia de enriquecimento do urânio, pelo processo da ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
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