FUP DECIDE SUSPENDER GREVE APÓS DECISÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu suspender, na manhã desta quarta-feira (27), a greve que havia iniciado na segunda-feira. A suspensão do movimento veio após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) engrossar o tom de voz, suspendendo o repasse mensal de recursos à FUP e aos sindicatos filiados, autorizando o bloqueio cautelar das contas das entidades  e aplicando uma multa de R$ 2 milhões por dia de mobilização.

“As decisões do TST reforçaram o potencial dos petroleiros, que se mobilizaram e garantiram o abastecimento dos combustíveis, que foram para as ruas em ações sociais”, disse o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel (foto). O TST, por sua vez, alega que a Petrobrás demonstrou que diversas refinarias estariam paralisando suas atividades e que os grevistas estariam impedindo a entrada de funcionários em suas instalações.

Apesar do revés, a FUP avalia que o resultado de sua mobilização foi positivo, pois chamou “a atenção da sociedade para a política de demissões e transferências em massa, de venda de ativos e de reajustes constantes da gasolina e do óleo diesel” da Petrobrás.

Os trabalhadores deflagraram o movimento para protestar contra demissões, transferências em massa, venda de ativos e a política de preços dos combustíveis. “A FUP reitera que a companhia está descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que foi mediado pelo próprio TST. A diretoria da empresa incluiu metas de segurança, saúde e meio ambiente (SMS) como critérios para pagamento de bônus e concessão de vantagens, o que fere as cláusulas do ACT e podem atingir diretamente os interesses da sociedade, por aumentar o desemprego, colocar o meio ambiente em risco ao precarizar o trabalho, o trabalhador e as condições em que atuam”, disse a entidade.