ITAIPU BINACIONAL COMEÇA PLANEJAMENTO NESTE ANO PARA CENÁRIOS DIFERENTES QUANDO SUA DÍVIDA FOR QUITADA EM 2023
Há onze meses no comando da margem brasileira da Itaipu Binacional, o general Joaquim Silva e Luna estabeleceu como principal desafio, a partir deste anos, colocar em marcha o planejamento estratégico que vai preparar a usina para os diferentes cenários dentro de um mercado de energia elétrica complexo, dinâmico e competitivo. Em 2023, quando o Anexo C do Tratado de Itaipu será revisado por Brasil e Paraguai, a dívida da usina estará totalmente quitada. Praticamente todos os cenários estudados apontam para a necessidade de diminuição de despesas de exploração. Com a revisão do Anexo C, que trata das bases financeiras e da prestação dos serviços de eletricidade do Tratado de Itaipu, a empresa terá em caixa US$ 1 bilhão. Hoje, Itaipu opera baseada nos custos de exploração e da dívida, mas poderá ir ao mercado e funcionar como uma empresa comum, com direito a lucros e prejuízos (hoje, o orçamento não prevê sobra de receita).
O General Joaquim Lina diz que “Já sabemos que Itaipu precisa estar preparada para novos tempos. Precisa acompanhar os movimentos do setor energético e ter uma estrutura flexível para responder às mudanças que virão. As mudanças exigem que todos entendam o motivo. Precisamos de gente determinada, controle orçamentário e perseverança. É 2023 olhando para Itaipu de 2020 com pressa. Será um trabalho hercúleo, que vai precisar da colaboração de todos numa mesma direção”.
O tripé que busca a eficiência empresarial e a valorização dos empregados, a partir da sistematização de processos e metas, reúne princípios e valores constitucionais com a preservação do capital humano da empresa em nível de motivação e excelência para as mudanças necessárias: “Já fizemos grandes mudanças em 2019. Elas agora precisam ser sistematizadas dentro de processos institucionalizados. Nessa fase, precisamos de integração, racionalização e o encurtamento dos processos decisórios. Temos que continuar valorizando a austeridade, enxugando as estruturas com sobra de gordura”.
O mapa estratégico, baseado na missão de gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico sustentável, no Brasil e no Paraguai, tem como fios condutores:
– produção de energia com os melhores índices de qualidade e otimização de aplicação dos recursos;
– aperfeiçoamento da eficiência dos processos de produção de energia, que garantam a segurança hídrica;
– fomentar o desenvolvimento sustentável na área de influência, melhorando as práticas de gestão e governança empresarial;
– manter o capital humano com alto nível de motivação, desempenho e comprometimento. Dispor de informações e sistemas essenciais para a execução da estratégia da empresa.
Outra grande preocupação é em relação às negociações para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que trata das bases financeiras da prestação de serviços de eletricidade. Já há um grupo de trabalho analisando as várias hipóteses para essa renegociação, que precisa ser concluída até 2023, conforme prevê o tratado entre o Brasil e o Paraguai.
Destaque para a construção da Ponte da Integração, sobre o Rio Paraná, que unirá Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai; a ampliação da pista de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, para tornar o Destino Iguaçu mais competitivo com outros roteiros turísticos; a conclusão do mercado municipal de Foz; e a reforma e ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, um dos mais importantes do Sul do País.
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
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