EQUIPE ECONÔMICA QUER RAPIDEZ NO LEILÃO EM TERMINAL DA TRANSPETRO NO PORTO DE SANTOS

A equipe econômica do governo Bolsonaro está cumprindo o que prometeu: menos Brasília e mais Brasil. A onda de privatizações das empresas da Petrobrás pode se estender agora para o maior terminal de granéis líquidos do país, no Porto de Santos, que será leiloado. A ideia é lançar uma nova investida contra a posição dominante da estatal na produção e na distribuição de derivados. O Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa é operado pela Transpetro, dominante no negócio da venda de combustíveis. O leilão vai atrair outro operador portuário para receber combustíveis produzidos no exterior encomendados por concorrentes.

A Transpetro atua no complexo portuário como um regulador do estoque de derivados pela Petrobrás.  O governo avalia que, se um novo operador portuário assumir a operação do terminal de Santos, a Petrobras terá que rever a sua atual estratégia. Há expectativa de estimular a competição na venda de combustíveis com mais volumes trazidos do exterior por importadoras. Isso só se tornou possível graças à decisão da Petrobrás de adotar a paridade de preços ao mercado internacional. O terminal da Alemoa é responsável pela movimentação de boa parte da produção das refinarias da Petrobrás em São Paulo: Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Henrique Lage (Revap) e Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC).

Nenhuma das plantas foi incluída na lista das oito unidades de refino que precisarão ser vendidas. Essa foi uma das determinações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em termo de compromisso assinado com a petroleira no ano passado. As refinarias da Petrobrás que vão a mercado são apenas aquelas do Norte e do Nordeste. As das regiões Sul e Sudeste ficarão com a Petrobrás.