MESMO COM SUSPENSÃO DAS DEMISSÕES DA FAFEN-PR, PETROBRÁS REFORÇA QUE FUNCIONÁRIOS SERÃO DESLIGADOS | Petronotícias




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MESMO COM SUSPENSÃO DAS DEMISSÕES DA FAFEN-PR, PETROBRÁS REFORÇA QUE FUNCIONÁRIOS SERÃO DESLIGADOS

petrobrasA decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná, que suspendeu provisoriamente as demissões da Fábrica de Fertilizantes de Araucária (Fafen-PR), não mudou os planos da Petrobrás. A empresa continua firme na sua decisão de continuar com o desligamento dos trabalhadores da unidade, que já está processo de hibernação.

Em nota enviada ao Petronotícias, a Petrobrás diz que “discutirá com o Sindiquímica-PR as condições do pacote de benefícios para os desligamentos dos seus 396 empregados dentro do cronograma de hibernação previsto”. As demissões da Fafen-PR desencadearam a deflagração da greve dos petroleiros, que já está em seu 19º dia. Até agora, 21 mil petroleiros estão mobilizados na paralisação, em 121 unidades do Sistema Petrobrás.

Nesta quarta-feira, os dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados vão se reunir para discutir os próximos passos da greve.

Leia abaixo o posicionamento da Petrobrás sobre a suspensão temporária das demissões:

“Em audiência de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná, a desembargadora Rosalie Batista determinou a suspensão dos desligamentos de empregados da Araucária Nitrogenados SA – Ansa até a próxima audiência marcada para o dia 6 de março. Trata-se de uma suspensão temporária. A Ansa discutirá com o Sindiquímica-PR as condições do pacote de benefícios para os desligamentos dos seus 396 empregados dentro do cronograma de hibernação previsto. Além das verbas rescisórias legais, o pacote já oferecido pela Ansa inclui valores até R$ 210 mil, de acordo com a remuneração e o tempo de trabalho; manutenção de plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxílio educacional por 24 meses, além de uma assessoria especializada em recolocação profissional. Cabe lembrar que a fábrica da Ansa já se encontra em hibernação.

Histórico
A Ansa foi comprada pela Petrobras em 2013 e, desde então, apresenta recorrentes prejuízos. Desde a aquisição, a empresa já acumula um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões. Para o final de 2020, as previsões indicavam que o resultado negativo poderia superar R$ 400 milhões apenas este ano. Na época da aquisição, os atuais empregados já faziam parte dos quadros da empresa. A Petrobras empenhou todos os esforços para a venda da empresa, cujo processo de desinvestimento iniciou-se há mais de dois anos. As negociações avançaram com a companhia russa Acron Group, mas não houve efetivação da venda. Devido à perspectiva de manutenção das características do seu mercado de atuação e às projeções de resultado negativo, a continuidade operacional da ANSA não se mostra viável economicamente, e por isso estão sendo encerradas as atividades da empresa.

A decisão do ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra, de 4/2, declarou inconstitucional a incorporação dos trabalhadores da fábrica da Araucária Nitrogenados S.A (ANSA) aos quadros da Petrobras, uma vez que são empregados não concursado da companhia. Essa é principal pauta que motiva o atual movimento grevista liderado pela FUP.”

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