FECHAMENTO DO COMPLEXO NUCLEAR DE FESSENHEIM VAI REPRESENTAR DEMISSÃO DE DUAS MIL PESSOAS NA FRANÇA
Não é a toa que o Reino Unido já planeja e ultima os detalhes para colocar alguns grupos de ambientalistas na lista de grupos terroristas. O exemplo deixado pelo Greenpeace na França, quando invadiram o espaço de um complexo nuclear, reforça a posição britânica. Eles seriam enquadrados como Eco-Terroristas e, se presos, teriam que responder na justiça por estes crimes. Para lembrar, alguns membros do Greenpeace invadiram a central nuclear francesa Saint Paul Trois Chateau para, segundo eles, demonstrar que “a segurança nuclear não existe” e afirmar que a organização ambientalista diz ter ativistas “noutras instalações nucleares” francesas e exigir o fechamento da usina. O argumento para o fechamento da usina é pela a extensão da vida útil do complexo. A usina foi construída em 1974 e estava previsto para funcionar por 40 anos. Por falta de conhecimento sobre energia nuclear, os ambientalistas querem o fechamento da usina imediatamente., mas atualmente, pelo avanço da tecnologia, uma usina pode ter sua vida útil estendida até 80 anos. E de acordo com os estudos da Agência Internacional de Energia Atômica, a geração nuclear de energia em 2020 terá que bater a marca de 15% da geração mundial. A geração nuclear significa, ao contrário que esse grupo prega, energia limpa, livre de CO2.
Como sempre, as ações teatralizadas do Greenpeace(foto a direita) demonstram uma total falta de conhecimento do que efetivamente representa a energia nuclear para mundo e para o clima no planeta. Desconhecem e fazem questão de não conhecer. Financiados sabe-se-lá por quem, como ambientalistas, ainda não foram vistos lutando por saneamento básico necessários em dezenas de países, destruição de áreas que sofrem com a seca ou no salvamento de pessoas necessitadas. O foco, ao que parece, é acabar com a geração nuclear, uma fonte de geração limpa, e terras indígenas ricas em minerais.
Por outro lado, o governo de Emanuel Macron, decidiu encerrar as operações dos dois reatores a central nuclear de Fessenheim, localizada do outro lado do rio Reno, na fronteira com a Alemanha e a Suíça, depois de 43 anos de funcionamento sem qualquer incidente em sua vida útil. Com essa decisão, duas mil pessoas serão demitidas e, certamente, a França terá que comprar energia, mais cara, de seus vizinhos imediatos. O governo alega que especialistas, até estimaram que riscos sísmicos e de inundação na região da Alsácia (no leste ) haviam sido subestimados. Por isso, a precaução. Em mais de 60 anos, quando se iniciou o monitoramento, nunca houve qualquer intercorrência registrada com essas características. Apesar disso, Emmanuel Macron deu o sinal verde para a desativação progressiva da Fessenheim(foto abaixo). O reator número um da central parou no último sábado (22) e o número dois será no dia 30 de junho, embora levem vários meses até que esfriem totalmente e que o combustível utilizado comece a ser removido.
Apesar desse fechamento, o parque nuclear francês, que fornece 70% da eletricidade produzida no país, continuará sendo o segundo mais importante do mundo, atrás dos Estados Unidos, que possuem 98 reatores. Após o descomissionamento da usina, a França terá um total de 56 reatores nucleares com uma capacidade de geração combinada de cerca de 61.000 megawatts (MW). 75 % da geração de energia do país.
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