PROJETO DO CAMPO DE AZULÃO AVANÇA E RADIX ESTÁ FINALIZANDO O DETALHAMENTO DE ENGENHARIA DO EMPREENDIMENTO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O campo de Azulão, no meio da Floresta Amazônica, é um dos principais projetos em andamento no setor de óleo e gás do país. O empreendimento da Eneva produzirá gás natural para a termelétrica Jaguatirica II, em construção em Boa Vista (RR). Uma das empresas que está envolvida no desenvolvimento do projeto é a Radix, responsável por toda a parte de engenharia do campo. Atualmente, a companhia está finalizando a etapa de detalhamento e iniciando a assistência técnica para a obra, conforme afirma o gerente de projetos da unidade de óleo e gás da Radix, Augusto Castro. Em entrevista para o Petronoticías, ele revela alguns dos aspectos interessantes de Azulão. Como se sabe, o gás natural que será produzido no campo será passado para o estado liquefeito e depois transferido para a usina Jaguatirica II. Como Azulão está em uma área sem infraestrutura elétrica, foi necessário dar autonomia de energia ao processo de liquefação. “É interessante destacar que a planta de Azulão é totalmente autônoma, possuindo uma unidade de autogeração capaz de garantir o fornecimento de energia para o processo de liquefação, que de fato é o maior consumidor desta unidade, além de alimentar as instalações administrativas”, explicou.
Quando começou a atuação da Radix neste projeto de Azulão e em que fase se encontra agora?
Iniciamos no projeto no ano passado, em meados de julho, logo após a Eneva ter vencido o leilão de energia para abastecer Roraima. Atualmente estamos em fase de finalização do projeto de detalhamento e iniciando a assistência técnica à obra em Silves, no estado do Amazonas.
Falando do projeto em si, poderia explicar um pouco mais do projeto do pacote de liquefação. No que consiste este projeto e quais são os seus aspectos interessantes?
O projeto consiste em uma planta de tratamento de gás, incluindo um cluster na mesma área com 3 poços de produção, seguindo com o processo de liquefação do gás para posterior armazenamento e distribuição através de carretas para a termoelétrica de Jaguatirica. É interessante destacar que a planta de Azulão é totalmente autônoma, possuindo uma unidade de autogeração capaz de garantir o fornecimento de energia para o processo de liquefação, que de fato é o maior consumidor desta unidade, além de alimentar as instalações administrativas.
O que esse projeto apresenta de novidades, em termos de engenharia ou tecnologias, para o mercado de óleo e gás brasileiro, de forma geral?
A grande novidade e diferencial deste projeto para o mercado de óleo e gás brasileiro é a própria filosofia da planta que tem como missão abastecer uma termoelétrica distante utilizando como meio o gás natural liquefeito através de carretas criogênicas. Entendo que com a expansão do mercado de gás natural, teremos diversas oportunidades similares a esta levando o gás natural a regiões não assistidas do país.
O fato desse pacote de liquefação ser novidade no Brasil impõe que tipos de desafios?
Impõe desafios principalmente na operação. Em relação ao projeto, durante o desenvolvimento do mesmo, o desafio foi garantir as condições de contorno necessárias ao pacote de liquefação para possibilitar sua performance e adequá-lo ao site. Por exemplo, o pacote de liquefação possui diversas peculiaridades em relação ao arranjo.
Gostaria que falasse um pouco mais sobre a autonomia da planta.
Como a área para implantação em Silves não dispõe de infraestrutura elétrica para alimentar a unidade de Azulão, foi necessário considerar uma unidade geradora de energia para a mesma. O projeto considerou motores a gás, já que dispõe do gás do poço, para a geração de energia da planta.
Além da parte de autonomia e da liquefação, que outros aspectos do projeto o senhor gostaria de destacar?
Destaco também a parte da planta da unidade de tratamento de gás, que já atuamos diversas vezes em conjunto com a Eneva em outros empreendimentos, otimizando-a e adequando-a conforme a filosofia de operação, da empresa que possui uma atuação significativa na bacia do Parnaíba.
Para a Radix, o projeto é muito importante. Participamos deles em outras etapas e estar acompanhando a sua implantação é fantástico.
Como será o cronograma de execução? A Radix seguirá com as atividades até o início da operação?
As obras estão previstas para serem finalizadas este ano, e a operação iniciará no ano que vem. A Radix atuará com a Eneva dando todo suporte necessário até o início da operação.
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