NOVO GOVERNO BOLIVIANO GARANTE ACORDO COM A ROSATOM PARA CONSTRUIR UM COMPLEXO DE PESQUISAS NUCLEARES
O novo governo boliviano teve bom senso e garantiu que as obras no centro de pesquisa nuclear, que estão andamento em El Alto, perto da capital La Paz, iniciadas durante o governo de Evo Morales, vão continuar até o prazo previsto de conclusão em 2023. O acordo com a estatal russa Rosatom foi mantido, assim como o prazo da conclusão do primeiro centro nuclear do país. O CPN dará à Bolívia acesso à mais recente tecnologia para uso pacífico da energia atômica. O prazo de 2023 para a entrada em funcionamento do complexo nuclear foi confirmado pelo gerente geral do projeto, Sergei Mousaelian, que chegou da Rússia para participar da inspeção das obras no distrito de Parcopata, a cerca de 25 quilômetros do centro de La Paz.
Esses anúncio limpam as dúvidas de que o novo governo boliviano iria inviabilizar o acordo com a Rosatom apenas porque ele tenha sido feito pelo governo Morales. As dúvidas surgiram em meados de fevereiro depois de um anúncio da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN), que está a frete do projeto. O Ministro da Energia da Bolívia, Rodrigo Guzman disse que “ nosso compromisso com o país é continuar a construção dessas obras para que possamos entrega-las o mais rápido possível. E isso inclui o Centro de Medicina Nuclear que está quase pronto para entrar em funcionamento.”
Serguei Musaelian disse que a paralisação pro projeto, orçado em US$ 300 milhões, não teve efeito. “Nunca paramos o trabalho, que será concluído em 2023, continuamos a trabalhar, continuamos a fornecer o equipamento, temos boas relações com o governo.“
O centro nuclear boliviano em construção está a mais de 4 mil metros acima do nível do mar e será o mais alto e moderno do mundo, segundo um recente relatório da Rosatom. O complexo terá uma unidade de cíclotron e radiofarmácia, uma planta de irradiação de alimentos e outros produtos, principalmente para mercados internacionais, e um reator nuclear para pesquisa e treinamento profissional. Os radiofármacos serão utilizados pelos três centros de medicina nuclear que a ABEN está construindo simultaneamente no país com tecnologia canalizada pela Argentina, um deles dentro do mesmo complexo.
Deixe seu comentário