EQUINOR VÊ PERSPECTIVAS PROMISSORAS PARA EMPRESAS BRASILEIRAS NA CONSTRUÇÃO DO GASODUTO NA BACIA DE CAMPOS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O destino preparou um roteiro recheado de novidades para o mercado de gás natural no ano de 2021. E, quiçá, com novas oportunidades para a cadeia local de fornecedores. Pelos lados de Brasília, o que está em alta é o debate sobre o preço e os reajustes recentes no valor do energético. Em meio a tudo isso, a norueguesa Equinor veio com uma boa novidade para a Bacia de Campos e seu entorno. A petroleira, que no Brasil é presidida por Verônica Coelho (foto), é operadora do bloco BM-C-33 e decidiu recentemente o conceito de desenvolvimento da área. E um dos pontos principais do empreendimento será a construção de um gasoduto offshore, que ligará o navio-plataforma do campo até uma instalação de recebimento de gás no Terminal Cabiúnas, em Macaé (RJ). O gás será processado no FPSO e escoado, já atendendo as especificações de venda. Questionada pelo Petronotícias, a empresa respondeu que essa foi a melhor solução econômica para o projeto. E acrescentou ainda que “não existe precedente no Brasil de processamento do gás offshore”. A Equinor afirmou ainda que são “promissoras” as perspectivas de novas oportunidades de negócios para a cadeia brasileira de fornecedores: “Na prática, queremos que nossos fornecedores atuem com segurança, qualidade, no prazo, e de forma competitiva e sustentável. Além disso, experiências anteriores com projetos na mesma escala serão consideradas nas avaliações”. Confira a seguir as respostas da Equinor:
A empresa poderia apontar alguns dos motivos (sejam técnicos ou estratégicos) que levaram à decisão da construção do gasoduto?
O BM-C-33 é um ativo com grande volume de gás e, para desenvolvê-lo, é necessária uma solução de escoamento. Por isso optamos pela construção do gasoduto, que levará o gás do FPSO até a costa. Dadas as especificidades do projeto, a solução de processar o gás diretamente no FPSO, transportando o gás já especificado, resultou em maior robustez econômica para o projeto avançar. Apesar de ser uma solução simples, não existe precedente no Brasil de processamento do gás offshore.
A construção de uma rota submarina sempre gera muita expectativa de novos negócios. O que a cadeia brasileira de fornecedores pode esperar de novas oportunidades a partir deste empreendimento?
As perspectivas são promissoras para novas oportunidades nesse segmento. Buscamos fornecedores que atuem de acordo com nossos três pilares corporativos – Sempre Seguro, Alto Valor e Baixo Carbono. Na prática, queremos que nossos fornecedores atuem com segurança, qualidade, no prazo, e de forma competitiva e sustentável. Além disso, experiências anteriores com projetos na mesma escala serão consideradas nas avaliações.
Qual será o peso da aprovação do novo marco legal do gás para a futura construção e operação do gasoduto?
A aprovação da Lei do Gás, nos termos do texto proposto pela Comissão de Minas e Energia, é um importante marco no processo de transição para um mercado de gás aberto e competitivo, além de demonstrar que a liberalização do mercado de gás é um elemento central na agenda do Governo para atração de novos investimentos e promoção do desenvolvimento econômico do país.
Não existem impactos diretos da aprovação da lei para os projetos da Equinor, mas sua aprovação vem em um excelente momento, tendo em vista que o Brasil é um mercado central para os investimentos da Equinor, e que um ambiente de negócios com maior estabilidade jurídica e regulatório é fundamental para seguirmos desenvolvendo nossos projetos.
Quando o plano de desenvolvimento será submetido à ANP?
O Plano de Desenvolvimento é o instrumento pelo qual o conceito do projeto será oficialmente definido, mas ainda não podemos precisar quando será submetido à ANP.
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