EXXON, CHEVRON E ENI REVERTEM PREJUÍZOS E FECHAM PRIMEIRO TRIMESTRE COM LUCRO
Novos anúncios na temporada de publicação de resultados financeiros das petroleiras. Hoje (30), mais três operadoras internacionais divulgaram seus números – as americanas ExxonMobil e Chevron e a italiana Eni. As companhias vinham de resultados ruins, registrando prejuízos em 2020, mas conseguiram mudar o cenário no primeiro trimestre de 2021.
Começando pela ExxonMobil, a petroleira reportou um lucro líquido de US$ 2,73 entre janeiro e março desse ano, deixando para trás o prejuízo de US$ 610 milhões que teve no mesmo período do ano passado. Além disso, no quarto trimestre de 2020, a companhia registrou perdas de US$ 20,1 bilhões. A receita líquida da empresa totalizou US$ 59,15 bilhões no primeiro trimestre de 2021, uma alta de 5,3%.
“Os fortes resultados do primeiro trimestre refletem os benefícios de preços mais altos de commodities e nosso foco em reduções de custos estruturais, ao mesmo tempo em que priorizamos investimentos em ativos com baixo custo de fornecimento”, comentou o CEO da petroleira americana, Darren Woods.
Rival americana da ExxonMobil, a Chevron também teve bons números nos três primeiros meses desse ano. A companhia anunciou lucro líquido de US$ 1,4 bilhão durante o período. O valor ficou 62% abaixo em comparação com o primeiro trimestre de 2020, mas foi o primeiro após três trimestres seguidos de prejuízos. Assim como a Exxon, a Chevron também atribuiu o resultado à alta dos preços do barril de petróleo.
“Os ganhos se fortaleceram principalmente devido aos preços mais altos do petróleo à medida que a economia se recuperava”, disse o diretor executivo da Chevron, Mike Wirth. “Os resultados caíram em relação ao ano anterior devido em parte à margem downstream contínua e aos efeitos de volume resultantes da pandemia e dos impactos da tempestade de inverno Uri”, acrescentou.
Do outro lado do Atlântico, a italiana Eni relatou lucro de € 856 milhões no primeiro trimestre de 2021. A empresa reverteu parcialmente o prejuízo de € 2,93 bilhões registrado um ano antes. O resultado foi favorecido pelos desempenho dos segmentos de produção e exploração e químico. “O primeiro trimestre de 2021 foi significativamente impactado por bloqueios nacionais em andamento, no entanto, apesar disso, a Eni alcançou resultados significativamente melhores, principalmente impulsionados por E&P e o negócio de produtos químicos”, afirmou o CEO da petroleira, Claudio Descalzi.
“Com a situação de pandemia melhorando gradualmente e uma recuperação econômica mais ampla parecendo mais provável, temos sido capazes de melhorar nossas perspectivas para os próximos meses, prevendo geração de fluxo de caixa livre em 2021 de mais de € 3 bilhões em um cenário Brent de 60 $ / bbl. Nesse ambiente, continuaremos implementando nossa estratégia de descarbonização e transição energética, mantendo um forte foco na robustez do balanço e visando uma política de distribuição competitiva aos nossos acionistas”, concluiu Descalzi.
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