ÁREA DE GÁS E ENERGIA DA PETROBRAS LEVA US$ 13,2 BILHÕES

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, apresentou o plano de negócios relativo à sua área e informou que terá de “fazer o máximo de resultado econômico com o mínimo de investimento”. A parcela destinada à diretoria de gás e energia do plano anunciado ficou em US$ 13,2 bilhões, contando com os US$ 300 milhões da área internacional.

A grande diferença de investimentos pode ser vista na quantidade destinada à malha de transporte de gás natural, que durante o período de 2007-2011 recebeu US$ 15 bilhões de investimentos e agora, no momento em que é fechado o ciclo de investimentos em sua ampliação, passa a responder por US$ 3,4 bilhões para o período 2011-2015, equivalente a 26% do total do orçamento de Gás e Energia.

A maior parte dos novos investimentos será direcionada para as plantas de gás-química, responsáveis pela conversão de gás natural em uréia, amônia, metanol e outros produtos. Serão US$ 5,9 bilhões só para esse segmento, que representam 45% do orçamento da diretoria para o período em questão.

Os outros investimentos serão distribuídos entre a geração de energia a partir de gás natural (21%), regaseificação e liquefação para escoamento do gás do pré-sal e atendimento do mercado termelétrico (6%) e investimentos na área internacional (2%).

O orçamento atual, de US$ 13,2 bilhões, representou um valor menor do que o estimado para o período 2010-2014, que previa US$ 17,8 bilhões para a área de Gás e Energia da companhia. As previsões de produção de gás avaliam que a Petrobras terá uma capacidade produtiva de 149 milhões de m³ por dia em 2015 e de 173 milhões de m³/dia em 2020, sendo que a demanda alcançará 151 milhões de m³ em 2015 e 200 milhões de m³/dia em 2020.

Para a diretora Graça Foster, o fato de a Petrobras não poder suprir toda a demanda de gás do país em 2020 vai gerar um cenário positivo para o Brasil, pois o gás ficará mais competitivo e será atraída a presença de terceiros ao mercado, diminuindo os riscos para a Petrobras.

Geração de energia

A companhia prevê crescer sua capacidade instalada de geração de energia nas termelétricas a gás natural em 1,9 GW até 2015 e em 5,5 GW até 2020, quando quase dobrará em relação a capacidade atual de 6,1 GW. Até o final da década seriam adicionados 2,9 GW à condição de geradora da empresa e 2,6 GW devidos ao fornecimento de gás da Petrobras para termelétricas.