CLIMATEMPO ORGANIZA FÓRUM PARA DEBATER ESCASSEZ DE ÁGUA E OS REFLEXOS NO SETOR DE ENERGIA DO BRASIL
Não está nada fácil gerar energia elétrica a partir da matriz hidrelétrica no Brasil. Alguns reservatórios já chegaram ao volume morto. A escassez de chuvas está severa e tem uma tendência de permanecer assim. O Brasil possui cerca de 75% de toda sua matriz energética como fontes sustentáveis. Entretanto, a energia térmica ainda é muito utilizada para suprir a demanda energética do país. Indiretamente, a energia térmica está relacionada com o clima, pois se os reservatórios estão com volumes comprometidos pela escassez de chuva, as usinas térmicas são acionadas e o preço da energia elétrica aumenta, impactando diretamente no consumidor.
Na próxima segunda-feira (20) o setor de energia vai debater as mudanças climáticas no Fórum Climatempo Sustainability Summit Energia – O impacto das mudanças climáticas no setor elétrico nacional, às 15 horas. Grandes especialistas da área estarão reunidos para debater o futuro do setor elétrico e os impactos que as mudanças climáticas vão acarretar neste setor tão importante da economia brasileira. As inscrições para o evento são gratuitas e estão disponíveis neste link. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), haverá uma expansão muito significativa nos próximos anos dos empreendimentos relacionados a usinas eólicas (36,4% em construção e 21,5% em construção não iniciada) e solares (19,3% em construção e 63,9% em construção não iniciadas) no Brasil. Isso mostra que cada vez mais o setor energético brasileiro se torna sustentável e por isso, mais dependente dos recursos naturais que são influenciados diretamente pelo clima agora e no futuro.
Para Vitor Hassan (foto à esquerda), meteorologista e líder de Energia da Climatempo, o aumento da temperatura para o setor é um problema. “Uma atmosfera mais quente promove um aumento da demanda energética, que por sua vez, aumenta a necessidade de mais carga de energia, o que, dependendo do cenário energético nacional, pode gerar racionamentos como medidas mais extremas para proteger o sistema elétrico”, disse. Juntamente a esse efeito, o novo relatório do IPCC trás evidências observadas de aumentos dos extremos de calor que podem comprometer o sistema elétrico.
De acordo com o pesquisador José Antônio Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), anomalias climáticas, como a seca, podem afetar a geração de energia que juntamente com aumento das temperaturas e do consumo de agua pela população e indústrias podem gerar uma crise energética, como já aconteceu em 2002, 2013, 2014 e agora em 2021. É necessário diversificar a matriz energética, usando energia solar, fóssil e biomassa, sugere Marengo.
A relacao entre seca e desmatamento e
direta, acao>reacao.
naturais, desmatar para depois nao ter chuva so` aumenta a desertificacao.Nao fingimos que as causas sao so