SUBSEA 7 TEM UM 2021 COM RECORDE DE VENDAS E ESPERA 2022 COM EXPECTATIVA DE NOVOS NEGÓCIOS PARA A EMPRESA
Os resultados da Subsea 7 neste ano e as perspectivas para 2022 apresentam números muito positivos. A companhia conseguiu superar os desafios da pandemia e resistiu bem o longo período no qual o setor de óleo e gás esteve patinando. As vendas da empresa foram recordes em 2021, deixando um backlog expressivo para o ano que vem. A empresa, com sede no Reino Unido, mostra como trabalha alinhada com seus escritórios de Paris, Rio de Janeiro e Macaé, além da base em Ubu, no Espírito Santo, onde os tubos flexíveis são acondicionados nos carretéis dos navios da companhia. O Vice-Presidente da Subsea 7 no Brasil, Daniel Hiller (foto), lembra que a empresa fechou importantes contratos, como o desenvolvimento do projeto Mero 3, no pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, a Subsea 7 foi escolhida para fornecer o sistema de coleta submarino do campo de Bacalhau, também na Bacia de Santos. O executivo comemorou ainda o fechamento de novos contratos para embarcações de apoio a dutos. “O momento é de crescimento e mobilização para novos projetos”, projetou. Hiller é o convidado de hoje (3) da nossa série especial Perspectivas 2022. Vejamos quais são as suas considerações e projeções:
– Como foi o ano de 2021 para o senhor e a sua empresa?
– Certamente 2021 é um ano para ser lembrado: em meio ao desafio da Covid-19, atingimos nossos objetivos e conquistamos um recorde de vendas sob intensa concorrência. Foram três PLSVs e dois EPCIs. Um em Mero 3 e o outro em Bacalhau. Também registramos um excelente desempenho com segurança. Nossos quatro barcos no Brasil, juntos, somaram 20 anos-barco sem acidentes graves. Também observamos os projetos EPCIs acelerando com diferentes clientes. Investimos no crescimento e desenvolvimento das pessoas, com mais promoções, contratações e treinamentos.
– O que sugere para o governo fazer e melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?
– No caso do óleo e gás, a segurança jurídica como um todo e o correto ordenamento de regimes tarifários especiais do setor em particular, como o REPETRO, devem sempre estar presentes através de uma regulamentação clara, perene e efetiva. Vimos com preocupação alguns questionamentos em nível estadual que preocuparam a indústria.
É importante para a sustentabilidade de longo prazo do setor que os leilões de licenciamento e partilha da produção ocorram com regularidade e frequência adequadas. Já estamos na transição energética e corremos o risco de não conseguirmos transformar grande parte desses enormes recursos em riquezas, pela perda do timing e a consequente progressiva queda da relevância do petróleo nas próximas décadas.
E por falar em transição energética, aguardamos com expectativa a regulamentação para o segmento de eólicas offshore, no qual temos grande atuação fora do país. É preciso destravar esse mercado que tem sinalizado ser extremamente promissor, contribuindo grandemente para contornar os gargalos de produção de energia elétrica. No mais, esperamos que os governos, presentes e futuros, zelem pelos vultosos investimentos privados realizados no país, que geram empregos de alta qualificação e tecnologias de ponta.
– Quais são as suas perspectivas e de sua empresa para 2022?
– O momento é de crescimento e mobilização para novos projetos. A Subsea 7 assinou um contrato com a Petrobrás, em 2021, para o desenvolvimento do projeto Mero 3, no pré-sal da Bacia de Santos. O valor do acordo está entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões. O escopo do contrato inclui engenharia, fabricação, instalação e pré-comissionamento de 80 quilômetros de risers rígidos e flowlines, além de 60 quilômetros de linhas de serviços flexíveis, 50 quilômetros de umbilicais, bem como a instalação do sistema de ancoragem do FPSO. O gerenciamento e a engenharia do projeto já foram iniciados nos escritórios da Subsea 7 no Rio de Janeiro e em Paris. A fabricação dos dutos ocorrerá na base da Subsea 7 em Ubu (ES) e as operações offshore estão programadas para serem executadas em 2023 e 2024.
Em junho, a Equinor e a Subsea Integration Alliance, parceria entre Subsea 7 e OneSubsea, fecharam contrato de engenharia, suprimentos, construção e instalação (EPCI) para o sistema de coleta submarino (SURF) e sistemas de produção (SPS) do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos.
O desenvolvimento incluirá 140 quilômetros de risers rígidos e linhas de fluxo, 40 quilômetros de umbilicais e 19 árvores, além de equipamentos submarinos associados, em lâmina d’água de aproximadamente 2.050 metros.
O gerenciamento do projeto e a engenharia detalhada já estão ocorrendo no Rio de Janeiro, com o apoio do Centro Global de Projetos da Subsea 7 (GPC), no Reino Unido e na França, e vários escritórios da OneSubsea. As atividades offshore ocorrerão de 2022 a 2023 usando os navios de construção leve, flex-lay e reel-lay da Subsea 7. Esse é o primeiro projeto SURF e SPS integrado do Brasil.
Em setembro, também assinamos novos contratos de longo prazo com a Petrobrás para as embarcações de apoio a dutos (PLSV) “Seven Waves”, “Seven Rio” e “Seven Sun”. Atribuído como “grande prêmio” pela operadora, o valor combinado dos contratos está entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões.
Cada contrato compreende um período firme de três anos e uma opção subsequente de um ano. A “Seven Waves” iniciará o novo contrato no primeiro trimestre de 2022. A “Seven Rio” iniciará o novo contrato no segundo trimestre de 2022. E a “Seven Sun” iniciará o novo contrato no terceiro trimestre de 2022. Antes de começar os novos contratos, cada navio passará por pequenas modificações, que exigem uma curta permanência em estaleiro.
O período restante dos contratos atuais da “Seven Waves” e da “Seven Rio” com a Petrobrás serão transferidos para a “Seven Seas”, que será implantada no Brasil em 2022.
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