HAMILTON MOURÃO DIZ QUE BOLSONARO NÃO FALOU EM TROCAR COMANDO DA PETROBRÁS. IMPRENSA BUSCA ESQUENTAR O CASO
O General Joaquim Silva e Luna, Presidente da Petrobrás, sabe que as pressões por sua saída não têm origem bem no Planalto, com Jair Bolsonaro, nem no Ministério de Minas e Energia, do ministro Bento Albuquerque. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deu sua opinião hoje (14) dizendo que o presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, irá aguentar a pressão à frente do cargo em meio à alta dos combustíveis. O colega de caserna, segundo Mourão, “sempre foi resiliente”. A pressão vem de alguns setores de esquerda, com apoio de parte na mídia, que fazem oposição contra o governo.
O presidente Bolsonaro nem citou o general Luna, mas uma parte da imprensa “leu seu pensamento” e atribui a ele, o apoio dando a própria interpretação que, embora não tenha citado nominalmente, “o presidente Jair Bolsonaro já se queixou publicamente do que considera uma falta de sensibilidade da Petrobrás na alta dos combustíveis.” Há pouco mais de um ano no cargo, o general da reserva foi escolhido por Bolsonaro em substituição ao economista Roberto Castello Branco, em outro momento em que o chefe do Executivo exigia que a Petrobrás não pensasse exclusivamente em lucro.
No último final de semana, Bolsonaro disse à imprensa que “todo mundo pode ser trocado” no governo, mas evitou dizer se Silva e Luna está a perigo no cargo. Conselheiros do presidente na área política têm cobrado uma mudança de rumo na petrolífera para evitar prejuízos eleitorais. Para Mourão, no entanto, o perfil do general da reserva indica que e que ele conseguirá aguentar a pressão midiática: “Como bom nordestino, ele aguenta a pressão.”
A evolução da crise dos combustíveis, para o vice, dependerá do desenrolar da guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, a melhor opção no momento seria buscar soluções sem intervenção na estatal. Para Mourão, “Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término é sempre uma bagunça. O governo está buscando soluções junto ao congresso.”
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