ASEL-TECH IRÁ FORNECER SISTEMA DE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS À PETROAMAZONAS

Conceituada fornecedora de detectores de vazamentos em dutos, a Asel-Tech fechou importante contrato com a petroleira equatoriana Petroamazonas para o fornecimento de um sistema de detecção de vazamentos em um duto de 60 quilômetros da companhia. O diferencial deste contrato é a localização do duto, que está em uma área de intenso monitoramento ambiental mundial da floresta amazônica, o que requer uma eficiência muito grande dos produtos e serviços da companhia brasileira. Fornecedora da Petrobrás desde sua fundação, há 25 anos, a Asel-Tech se especializou em detectores de vazamento a partir da criação do programa PEGA, criado pela estatal após um grande vazamento de petróleo na Baía de Guanabara (RJ). Para saber um pouco mais sobre a tecnologia de detecção de vazamento e sobre novos contratos da Asel-Tech, o repórter André Dutra conversou com o presidente da empresa, Júlio Alonso.

Como é o contrato com a Petroamazonas?

É um contrato muito interessante, pela necessidade de muita cautela e minúcia no desenvolvimento do sistema, pois o duto em questão, apesar de curto, está localizado na área conhecida como Bloco 31, região muito vigiada ambientalmente, que inclusive já pertenceu à Petrobrás.

Como foi a licitação do contrato?

Se tratou de uma licitação internacional, e de três empresas qualificadas, sendo a Asel-Tech a única brasileira. Nós fomos escolhidos, apesar de não termos o melhor preço. Acredito que o fato de já termos vendido um pacote semelhante à Petroamazonas no passado pesou na decisão da petroleira, e ganhamos pela melhor tecnologia e pela qualidade do produto.

E como foi o feedback deste primeiro pacote?

Foi excelente, senão eles não estariam comprando de novo. Esta é a primeira vez que vendemos nossos produtos para a mesma companhia mais de uma vez. Isso serve para comprovar cada vez mais a qualidade dos nossos produtos, já que tivemos muitos elogios da Petroamazonas.

Como funciona o sistema de detecção de vazamentos?

Por meio de tecnologia acústica. Após analisarmos todas as variáveis de um projeto, como comprimento e largura do duto, material que irá transportar, condições de temperatura e pressão, etc. Nosso software gera um mapa de como devemos distribuir os sensores e quantos sensores devemos utilizar para cada projeto especificamente. A detecção de um vazamento ocorre pela energia gerada pelo mesmo, que é captada pelos dois setores adjacentes, o que nos fornece o local e a gravidade do vazamento. Estes sensores, por sua vez, enviam as informações para uma unidade central de processamento, chamada de FPU, que processa os dados e os envia para a sala de controle responsável pelo projeto, onde um operador pode tomar a melhor medida para impedir danos e perdas. Todo este processo, apesar de parecer longo, leva entre 15 e 20 segundos entre o início do vazamento e a chegada das informações na sala de controle.

Existe alguma novidade, em termos de tecnologia, que vocês irão apresentar?

Existe a que já apresentamos. Há três semanas nós lançamos nossa mais nova versão do Remote Leak Detection System (RLDS), que conta com tecnologia de ponta, para uma performance cada vez melhor, e desta vez com um custo reduzido em relação a versões anteriores do produto.

A Asel-Tech possui outro tipo de produto, que não a detecção de vazamentos?

Possuímos. Porém, na verdade é o mesmo produto com uso diverso. Nosso sistema de monitoramento é um dos únicos no mundo que também pode ser utilizado como sistema de prevenção a roubo de combustíveis. Devido à precisão dos nossos sensores e à potência do nosso software, conseguimos localizar em pouco tempo onde foi aberta uma válvula ou feita uma perfuração ilegal nos dutos em que monitoramos. Inclusive nós fornecemos salas de controle dentro da própria Asel-Tech para este tipo de contrato, para evitar que funcionários da própria empresa fiquem encarregados deste monitoramento.