CONSUMO DE GÁS NATURAL LEVOU TOMBO DE 14,3% NO PRIMEIRO TRIMESTRE, REFLEXO DE MENOR USO DE TÉRMICAS

O consumo total de gás natural no Brasil totalizou 60,2 milhões de metros cúbicos por dia na média acumulada do primeiro trimestre do ano. O volume representa um recuo de 14,3% na comparação com a média acumulada do mesmo período de 2021, quando a demanda foi de 70,7 milhões de metros cúbicos diários. O dado foi revelado hoje (6) pela Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). De acordo com a entidade, com a melhora do quadro hidrológico do Brasil, as usinas termelétricas foram menos despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Interligado (ONS).

Excluindo o mercado de geração térmica, a Abegás diz que o consumo de gás no país durante janeiro e março teve um crescimento de 6,9% na média acumulada, totalizando 42,1 milhões de metros cúbicos por dia. “O setor de distribuição sempre avalia como principais indicadores de desempenho o mercado não térmico. E a boa notícia é que registramos um crescimento de 6,1% do segmento industrial – e vimos, ainda, a recuperação de outros segmentos afetados pelas restrições decorrentes da pandemia, como o automotivo (19,2%) e comercial (14,3%)”, explicou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

Veja abaixo um resumo do consumo de gás em todos os segmentos durante o primeiro trimestre do ano:

Industrial — Crescimento de 6,1%, com um consumo médio de 30,1 milhões m³/dia, mostrando que a melhora dos indicadores da pandemia no início de 2022 colaborou para a retomada da indústria.

Automotivo — Ampliação de 19,2% no consumo de gás. Com a crescente alta dos combustíveis líquidos, o GNV segue como o combustível automotivo mais competitivo em todas as regiões do País.

Comercial — Registrou alta de 14,3%, consolidando a recuperação do segmento mais afetado pelo período com maior restrição de mobilidade da pandemia.

Residencial — Apresentou ligeira alta de 1,2%, sinal de que as distribuidoras seguem trabalhando pela expansão do serviço de distribuição de gás canalizado.

Cogeração — Aumento de 8,8%, acompanhando o desempenho o segmento industrial.

Geração elétrica — Recuo de 42,2%, em função da melhora da situação hidrológica e do menor despacho das termelétricas a gás, principalmente no mês de março. O consumo médio no período foi de 18 milhões de m³/dia.