FORÇA DA ECONOMIA REVELA CRESCIMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA NO PAÍS, QUE ATÉ EXPORTOU PARA URUGUAI E ARGENTINA | Petronotícias




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FORÇA DA ECONOMIA REVELA CRESCIMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA NO PAÍS, QUE ATÉ EXPORTOU PARA URUGUAI E ARGENTINA

hidrelétricas geraram grande base da energia necessária para o país

Hidrelétricas geraram grande base da energia necessária para o país

O índice de consumo de energia no país sempre marca o crescimento da economia. E em julho, o Brasil consumiu 63.083 megawatts médios de energia elétrica, variação positiva de 2,6% em relação ao mesmo período de 2021. No comparativo anual, a demanda segue em alta desde fevereiro, puxada principalmente por setores como serviços, bebidas e madeira, papel e celulose. O cenário é observado especialmente na indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, que negociam o insumo no mercado livre. Em julho, o ambiente consumiu 23.458 MW médios, montante 7,1% maior na comparação com igual período do ano anterior. Outros 39.625 MW médios foram demandados pelo mercado regulado, que abastece residências e pequenas empresas. No segmento, houve leve alta de 0,3%, reflexo da elevação da temperatura em boa parte do país, exceto na região Nordeste. As hidrelétricas forneceram 45.022 megawatts médios ao Sistema Interligado Nacional – SIN, volume 32,7% maior em relação ao mesmo período de 2021, sinal da boa recuperação dos reservatórios. Consequentemente, houve a redução da dependência de térmicas, que recuaram em 54%. Destaque ainda para o aumento de 66,7% na produção de energia solar fotovoltaica e de 16,7% de geração eólica. Ao todo, o país produziu 4,5% mais energia do que no ano passado.

Como a migração entre os ambientes tem influência representativa sobre os resultados, a CCEE também analisa como teria se dado o comportamento dos indicadores desconsiderando a movimentação dessas cargas. Nessa simulação, o mercado livre teria um avanço menor, de 4,2%, enquanto o regulado registraria um crescimento de 2,1%.  Em outra hipótese, se não houvesse geração distribuída, ou seja, os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e empresas, que reduzem a demanda da rede, haveria uma alta de 2,5% no volume demandado pelo segmento regulado.

Nos 15 ramos de atividade econômica que a CCEE monitora no mercado livre, desconsiderando as novas cargas que migraram nos últimos 12 meses, a maior alta ocorreu no segmento de madeira, papel e celulose (18,9%), seguido por bebidas (13,9%) e serviços (7,6%). Entre os que registraram quedas estão os têxteis (-4,1%) e minerais não-metálicos (-1,5%). Na avaliação por estado, quase todas as regiões do Brasil aumentaram o consumo de energia elétrica em julho frente ao mesmo período do ano passado, exceto parte do Nordeste, o Amapá, o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul. Destaque para Roraima, com alta de 23%, Mato Grosso e o Acre, ambos com crescimento de cerca de 17% cada.

O Brasil também exportou 986 MW médios de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para países vizinhos é registrada como um consumo no segmento de Serviços. Levando em consideração esse efeito, o volume consumido total do país teria crescido em 4,3% frente a julho do ano passado e somente o ramo de atividade apresentaria uma alta de 94,2%. O Rio Grande do Sul teria ampliado o resultado em 24%, uma vez que o escoamento do insumo ocorre por linhas de transmissão no estado.

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