ETAPA 4 DA BACIA DE SANTOS CRIA EXPECTATIVA DE GERAÇÃO DE EMPREGOS E AUMENTO NO USO DE NAVIOS DE APOIO
Uma nova onda de desenvolvimentos na Bacia de Santos que deve começar a partir do próximo ano cria a expectativa de geração de novos postos de trabalho, além de possibilitar a ampliação do uso de navios de apoio. A chamada Etapa 4 da Bacia de Santos abrangerá 13 novas unidades de produção da Petrobrás na região, localizadas nos campos de Búzios, Sururu, Sépia, Atapu, Mero, Uirapuru, Três Marias, Sagitário, Aram e Tupi. Os trabalhos devem ser iniciados em 2023, com o começo da implantação do projeto de Mero – Fator de Recuperação (Mero FR). As demais plataformas serão instaladas ao longo dos anos seguintes, até 2028. Conforme as plataformas entrarem em operação, devem ser criados, ao todo, mais de 2,2 mil postos de trabalhos terceirizados.
Desse total, 1.494 vagas serão para atuação nos FPSOs afretados e 720 nos FPSOs próprios. Os dados foram apresentados pela Petrobrás no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Etapa 4. O projeto de Desenvolvimento da Produção de Mero FR será composto por 2 poços, sendo um poço produtor e um poço injetor. O empreendimento foi concebido para capturar a oportunidade de aproveitar o contrato do FPSO Pioneiro de Libra, que foi afretado até 2029 para realizar Testes de Longa Duração e Sistemas de Produção Antecipada no campo de Libra, mas que já deverá ter concluído essas atividades até 2024.
Os 13 projetos que compõem a Etapa 4 terão cerca de 185 poços, totalizando uma produção média estimada de 133 mil metros cúbicos por dia de petróleo e cerca de 14,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural – que corresponde ao volume de gás que será escoado por gasodutos.
Além disso, durante as atividades da Etapa 4 é esperado um aumento no número de embarcações de apoio e, de atracações nos portos que atualmente já são utilizados por outros empreendimentos da Bacia de Santos. Esse aumento se dará de forma gradual à medida que os projetos da Etapa 4 forem implementados, sendo mais intenso a partir de 2027, conforme mostra a imagem ao lado. A embarcação tipo PSV, empregada para transporte de cargas pesadas, será a mais utilizada para o atendimento às atividades nos próximos anos (2024 e 2029).
Para o desenvolvimento das atividades, serão utilizados pontos de apoio localizados na região costeira, tais como: portos, aeroportos, centros administrativos, áreas de disposição de resíduos, terminais recebedores de óleo, unidades de tratamento de gás, gasodutos de exportação, entre outros. Algumas das estruturas que serão usadas são: Complexo Portuário do Rio de Janeiro; Complexo Portuário de Niterói; Aeroporto de Cabo Frio; Aeroporto de Jacarepaguá; Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba/SP (UTGCA), por meio do gasoduto Rota 1; Terminal de Cabiúnas (TECAB), por meio do gasoduto Rota 2; e Polo GASLUB (Itaboraí/RJ), por meio do gasoduto Rota 3.
Para a realização de todas as atividades do projeto Etapa 4 serão utilizadas unidades do tipo FPSO. Os navios são unidades estacionárias de produção que possuem planta de processamento de petróleo e gás, tancagem para armazenamento da produção e permitem a transferência da produção para outro navio, denominado aliviador, que periodicamente é conectado ao FPSO para receber e transportar o petróleo até os terminais petrolíferos. Esta operação de transferência de produção para outro navio é chamada de offloading.
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