A QATARENERGY E A CONOCOPHILLIPS FAZEM ACORDO PARA VENDER GNL PARA A ALEMANHA POR 15 ANOS A PARTIR DE 2026
A QatarEnergy e a ConocoPhillips assinaram dois acordos de compra e venda para exportar gás natural liquefeito para a Alemanha por pelo menos 15 anos, mas só a partir de 2026. Este é o primeiro acordo de fornecimento para a Europa do projeto de expansão North Field do Catar. O acordo fornecerá à Alemanha dois milhões de toneladas de GNL anualmente, chegando de Ras Laffan, ao terminal de GNL do norte da Alemanha, em Brunsbuettel. “Os acordos marcam o primeiro contrato de fornecimento de GNL de longo prazo para a Alemanha, com um período de fornecimento que se estende por pelo menos 15 anos, contribuindo assim para a segurança energética de longo prazo da Alemanha”, disse o CEO Saad Al Kaabi, em uma conferência de imprensa em conjunto com o CEO da ConocoPhillips, Ryan Lance.
O acordo surge no momento em que a Europa luta para substituir o fornecimento de gás russo que foi cortado durante a guerra com a Ucrânia. As autoridades não falaram em valores sobre o negócio. Enquanto os países europeus apoiavam a Ucrânia após a invasão da Rússia em fevereiro, Moscou cortou o fornecimento de gás natural. A Europa usa o gás para aquecer casas, gerar eletricidade e energia para a indústria. Com o corte, o continente vive uma crise energética que está alimentando a inflação e aumentando a pressão sobre as empresas à medida que os preços sobem. A Alemanha, que comprava mais da metade de seu gás da Rússia antes da guerra, não recebe o GNL russo desde o final de agosto.
Uma subsidiária integral da ConocoPhillips comprará as quantidades acordadas para serem entregues por navio ao terminal de recebimento alemão, que está atualmente em desenvolvimento. “Quinze anos é ótimo”, disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, em uma conferência de negócios em Berlim, após o acordo: “Eu não teria nada contra contratos de 20 anos ou mais.” No entanto, ele apontou para o plano da Alemanha de se tornar neutro em carbono até 2045, colocando limites nas quantidades de gás que o país receberia no futuro. A Alemanha terá que começar a reduzir seu consumo de gás a partir de meados da década de 2030 se quiser cumprir sua ambiciosa meta.
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