PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO GRUPO PARANAPANEMA DEIXA O MERCADO DE COBRE APREENSIVO

Um dia difícil na vida do Grupo Paranapanema, a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, barras, tubos, conexões e suas ligas. O grupo pediu recuperação judicial por causa de uma dívida de  R$ 450 milhões. A companhia Possui três plantas industriais — uma de cobre refinado (Caraíba Metais), na Bahia, e duas de produtos de cobre e ligas em Santo André (SP) e Serra (ES), a antiga Eluma. O pedido de recuperação judicial foi feito ontem (30) na 1ª Região Administrativa Judiciária da capital paulista. Com isso, a empresa busca proteção para debelar sua crise financeira. A empresa quer prioridade para  reequilibrar o fluxo de caixa e garantir abastecimento do mercado. O endividamento e os problemas operacionais enfrentados em em sua planta de metalurgia situada em Dias d’Ávila, na Bahia, foi o seu calcanhar de Aquiles.

No início deste ano, a Paranapanema, alongou  para pagamentos do passivo, o montante de R$ 2,6 bilhões. A operação envolveu garantias que estão atreladas a direitos creditórios e ativos reais da companhia, mas este valor não integra o pedido de recuperação judicial. Um  comunicado da empresa revela que ela teve dificuldades de crédito com fornecedores de matérias-primas e insumos após um incidente na planta da Caraíba Metais: “A recuperação judicial foi precedida de negociações com fornecedores estratégicos que irão nos garantir o fornecimento de insumos e escoamento da produção. A prioridade serão as dívidas trabalhistas e operacionais, para que possamos recuperar o ritmo de produção e vendas.”