MERCADO DE GÁS NATURAL DO BRASIL RECEBERÁ CERCA DE R$ 11 BILHÕES DE INVESTIMENTOS ATÉ 2032
O setor brasileiro de gás natural receberá cerca de R$ 11 bilhões de investimentos em projetos já anunciados entre os anos de 2022 e 2032. O dado faz parte do novo caderno “Gás Natural”, lançado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta semana. O documento traz estudos que farão parte do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032. O trabalho pode ser lido na íntegra neste link.
Foram considerados projetos previstos da ordem de R$ 6 bilhões para o gasoduto Rota 3 e de R$ 2,39 bilhões relativos à instalação da UPGN Polo Gaslub Itaboraí/RJ. Há previsão de implantação de um gasoduto de transporte denominado Itaboraí/RJ-Guapimirim/RJ, que irá interligar a UPGN do Polo Gaslub em Itaboraí ao Gasoduto Cabiúnas/RJ-REDUC/RJ (GASDUC III) nas proximidades da estação de entrega de Guapimirim/RJ com extensão de 11 km e capacidade nominal de 18,2 milhões de m³ por dia. O custo estimado do empreendimento é de R$ 126 milhões, com entrada em operação prevista para 2024.
É estimada ainda a implantação do gasoduto GASFOR II, trecho Horizonte/CE-Caucaia/CE, de 83,2 km de extensão e 20 polegadas de diâmetro, que visa desviar a rota do GASFOR de uma área densamente povoada no município de Fortaleza/CE com estimativa de custos da ordem de R$ 230 milhões. Por fim, a EPE destaca a implantação do gasoduto de transporte que conecta o terminal de GNL de Barra dos Coqueiros/SE à malha integrada.
O caderno também leva em consideração investimentos indicativos estudados pela EPE para expansão do setor, que totalizam quase R$ 125 bilhões. O cálculo considera os seguintes projetos potenciais: 19 gasodutos de escoamento, 15 gasodutos de transporte, quatro terminais de regaseificação de GNL e 18 UPGNs e Hubs.
“A oferta nacional na malha integrada, obtida pelo processamento da produção dos campos onshore e offshore brasileiros, tem perspectivas de crescimento de aproximadamente 75% entre os anos de 2022 e 2032. Já a demanda por gás natural na malha integrada, composta pelos segmentos residencial, comercial, industrial, de GNV, downstream e termelétrico, tem aumento de 2,3% ao ano no decênio. Tal panorama de oferta e demanda no horizonte de 2022 a 2032 resulta em um balanço favorável em todo o período”, projetou a EPE.
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