PRATES COLOCA EM DÚVIDA A CONCLUSÃO DA VENDA DO POLO BAHIA TERRA PARA PETRORECONCAVO E ENEVA
A venda do chamado Polo Bahia Terra pode estar subindo ao telhado. O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates (foto), disse hoje (23), durante evento promovido pela FGV, no Rio de Janeiro, que ainda não sabe se o ativo vai ser vendido ou não. O polo está sendo negociado atualmente pelo consórcio formado pelas empresas PetroReconcavo e Eneva, que ofertaram US$ 1,4 bilhão pelo ativo.
“[O processo de venda de] Bahia Terra não está finalizado, nem está assinado. Vai continuar sendo tratado dentro de uma nova ótica. Não sei se vai ser vendido ou não. A gente vai decidir”, afirmou Prates.
O Polo Bahia Terra abrange um conjunto de 28 campos terrestres e conta ainda com estações coletoras e de tratamento, parques de estocagem e movimentação de petróleo, gasodutos e oleodutos, além da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Catu e outras infraestruturas associadas ao processo produtivo.
Prates garantiu, no entanto, que demais processos cujos contratos tenham sido assinados serão finalizados normalmente. Além do Polo Bahia Terra, a Petrobrás tem os seguintes ativos na fase de assinatura de contrato (isto é, ainda sem a conclusão da operação): Polo Norte Capixaba, vendido por US$ 544 milhões para a Seacrest; Polos Golfinho e Camarupim, negociados com a BW Energy por US$ 75 milhões; e Polo Pescada, vendido por US$ 1,5 milhão para a 3R Petroleum.
No segmento de refino, a empresa negociou a Lubnor para a Grepar Participações por US$ 34 milhões. No entanto, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou em fevereiro que voltou a analisar a venda da refinaria. O negócio também enfrenta problemas porque a unidade está localizada em um terreno que não pertence à Petrobrás.
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