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EVO MORALES DESAPROPRIA DUAS EMPRESAS ESPANHOLAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

É possível considerar que investir na Bolívia seja colocar capital em risco?  Parece que sim:  neste sábado, o  presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou a nacionalização das duas empresas distribuidoras de energia elétrica do grupo espanhol Iberdrola localizadas nas cidades de La Paz e Oruro. Morales, que já nacionalizou a indústria de petróleo e empresas de telecomunicações e de energia elétrica, fez um anúncio lacônico, antes de autoridades informarem que a Iberdrola receberia uma compensação com base na avaliação de seus ativos por uma empresa independente.

O Presidente disse que foi  obrigado a fazer isso para que as taxas de serviços elétricos fossem equitativas em La Paz e Oruro e garantir que a qualidade de serviço de energia elétrica seja uniforme em áreas rurais e urbanas. A decisão teve lances cinematográficos com soldados do exército boliviano montando guarda em frente à sede da empresa de distribuição de energia elétrica Electropaz, uma subsidiária da Iberdrola, após Evo Morales anunciar a nacionalização da empresa em La Paz

O presidente citou o caso de La Paz, onde a tarifa elétrica urbana em média é de 0,63 boliviano (US$ 0,09) por quilowatts/hora, enquanto na área rural é de 1,59 boliviano (US$ 0,23). A Iberdrola gerenciava as empresas distribuidoras de luz Electropaz, em La Paz, e Elfeo, em Oruro.

A Iberdrola, que teve a sua sede em La Paz sob custódia da polícia, opera na Bolívia desde a década de 1990, após a aquisição de sistemas de distribuição doméstica da Companhia de Energia Elétrica da Bolívia. Em 2010, quatro empresas geradoras de eletricidade, incluindo duas filiais da francesa GDF Suez e da britânica Rurelec, abriram um processo contra a Bolívia na Corte de Haia.

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