ANGLO AMERICAN VENDE A MINA DE FERRO DO AMAPÁ

A Anglo American, presidida por Paulo Castelanni,  vendeu a controversa mina de ferro no Amapá à Zamin Ferrous por uma quantia não revelada.  Segundo a revista Minério Mineralis, em 2003, o então presidente da Anglo no Brasil, Roberto de Carvalho Silva,  egresso da Anglo American, vendeu esta mesma mina ao seu amigo Eike Batista por US$ 18 milhões em três parcelas mensais. Na segunda parcela que pagou,  Eike revendeu a mina por US$ 125 milhões e depois a Anglo pagou US$ 2,2 bilhões para recomprar a mesma mina.

A mina no Amapá foi considerada como ativo não essencial e foi colocada à venda oficialmente no ano passado, como parte da revisão mundial que a mineradora vem fazendo em seu portfólio. A venda anunciada nesta sexta-feira, que aumenta os ativos de minério de ferro da Zamin na América Latina, permitirá à Anglo se focar no projeto Minas Rio, onde a companhia vem enfrentando custos maiores e atrasos em licenças.

A Anglo informou em novembro que o projeto Minas Rio provavelmente não vai custar menos que US$ 8 bilhões, ante estimativa mais recente da mineradora de US$ 5,8 bilhões, que já estava duas vezes acima das previsões iniciais. Uma avaliação interna da Anglo em 2011 definiu valor ao projeto no Amapá em US$ 1,5 bilhão, o que significa que os 70% da Anglo valem pelo menos US$ 1 bilhão, mas esse valor pode ter caído diante do preço menor do minério de ferro e menores perspectivas de crescimento da China.