PETROBRÁS REAGE AO IBAMA E DIZ QUE VAI RECORRER DE DECISÃO QUE IMPEDIU PERFURAÇÃO NA MARGEM EQUATORIAL
Uma novela sem fim. A Petrobrás anunciou que não vai desistir dos planos de perfurar poços de óleo e gás na Margem Equatorial. Como noticiamos mais cedo, o Ibama negou o pedido de licenciamento ambiental para a perfuração no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, a 175 quilômetros da costa do Amapá. “A companhia informa ainda que não foi notificada oficialmente pelo órgão, e, tão logo notificada, formulará pedido de reconsideração em âmbito administrativo”, disse a petroleira.
O Ibama alegou que a Petrobrás não conseguiu sanar pontos críticos de seu projeto. O órgão ambiental diz ainda que nunca foi realizada uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) na chamada Margem Equatorial, que fica situada no litoral entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte.
Enquanto isso, a petroleira rebateu dizendo que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento. A empresa afirmou também que todos os recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização da Avaliação Pré- Operacional (simulado para testar os planos de resposta à emergência) foram feitos estritamente em atendimento a decisões e aprovações do Ibama.
“O desenvolvimento deste bloco é um compromisso assumido pela Petrobras perante a ANP, que incorrerá em multa contratual se não for realizado”, disse a empresa. “A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa e sustentável. Para suprir a demanda futura do Brasil por petróleo, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal”, finalizou a Petrobrás.
Com a negativa do Ibama, a sonda de perfuração ODN-II (foto), que seria usada para perfuração na Foz do Amazonas, será realocada nos próximos dias para atividades da Petrobrás nas bacias da região Sudeste.
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