RAFAEL GROSSI FALA AO CONSELHO DA ONU E APRESENTA PONTOS MÍNIMOS DE SEGURANÇA PARA A CENTRAL NUCLEAR DA UCRÂNIA | Petronotícias




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RAFAEL GROSSI FALA AO CONSELHO DA ONU E APRESENTA PONTOS MÍNIMOS DE SEGURANÇA PARA A CENTRAL NUCLEAR DA UCRÂNIA

grossi_UN_730O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, apresentou ao Conselho de Segurança da ONU cinco princípios mínimos para ajudar a proteger a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia. Ele se dirigiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação do complexo nuclear  de seis unidades, o maior da Ucrânia e da Europa, ainda sob controle militar russo desde o início de março de 2022 e na linha de frente das forças russas e ucranianas. Durante o conflito, a central nuclear foi danificada por bombardeios – os dois países se acusam sobre a autoria dos ataques. Durante meses, Grossi tentou fazer com que os dois lados do conflito concordassem com a ideia de uma zona de segurança e proteção desmilitarizada ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia (ZNPP), mas conseguir que os dois lados concordassem com os detalhes, em meio à guerra, provou ser impossível.

Grossi disse que identificou os seguintes princípios concretos para ajudar a garantir a segurança nuclear na usina nuclear de Zaporizhzhia, a fim de evitar um acidente nuclear e garantir a integridade da planta:

  • Não deve haver nenhum tipo de ataque de ou contra a usina, em particular visando os reatores, armazenamento de combustível usado, outra infraestrutura crítica ou pessoal;
  • ZNPP não deve ser usado como armazenamento ou base para armas pesadas (ou seja, lançadores de foguetes múltiplos, sistemas deucrania usina artilharia e munições e tanques) ou pessoal militar que possa ser usado para um ataque da planta;
  • A energia fora do local para a usina não deve ser colocada em risco. Para esse efeito, todos os esforços devem ser feitos para garantir que a energia externa permaneça disponível e segura em todos os momentos;
  • Todas as estruturas, sistemas e componentes essenciais ao funcionamento seguro e protegido da ZNPP devem ser protegidos de ataques ou atos de sabotagem;
  • Nenhuma ação deve ser tomada que prejudique esses princípios.

Grossi disse que apoiar os cinco pontos significa que os especialistas da AIEA no local ampliarão suas atribuições para incluir relatórios a ele sobre a observância desses princípios, acrescentando que ele relataria publicamente qualquer violações deles. “Peço respeitosa e solenemente a ambos os lados que observem esses cinco princípios. Peço aos ilustres membros do Conselho de Segurança que os apoiem inequivocamente… russiaesses princípios não prejudicam ninguém e beneficiam a todos. Evitar um acidente nuclear é possível”, afirmou. Falando aos repórteres após a sessão do Conselho de Segurança da ONU, o diretor da agência disse que não era culpado de “otimismo ingênuo”, mas, em um momento em que se fala cada vez mais de mais ação militar na área, ele acredita que este foi um “passo na direção certa” e, embora o acordo cobrisse apenas o “mínimo do mínimo“, eles “continuariam conversando, consultando e procurariam consolidar o que se tem hoje”.

Pela Rússia, Vassily Nebenzia disse que as propostas de Grossi para a segurança da usina estão de acordo com as medidas que a Federação Russa vem implementando e disse que nenhum ataque foi realizado a partir do território da usina e nenhuma arma pesada ou munição jamais foi colocada lá. Pelo lado da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya disse que a Rússia explorou o perímetro da usina e declarou que suas atividades militares levaram regularmente à perda de energia fora do local. Ele sugeriu que os cinco princípios deveriam incluir a retirada das tropas e de todo o pessoal russo presente ilegalmente na estação.

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