REPSOL SINOPEC LANÇA PROJETO PARA DESENVOLVER TECNOLOGIA RENOVÁVEL QUE IRÁ CAPTURAR 5 MIL TONELADAS DE CO2 POR ANO | Petronotícias




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REPSOL SINOPEC LANÇA PROJETO PARA DESENVOLVER TECNOLOGIA RENOVÁVEL QUE IRÁ CAPTURAR 5 MIL TONELADAS DE CO2 POR ANO

P1133675A Repsol Sinopec Brasil lançou, em parceria com o SENAI-CIMATEC, um projeto que tem como objetivo o desenvolvimento de uma unidade piloto, alimentada por energia renovável, para a captura direta de até 5 mil toneladas de CO2 do ar por ano. Os pesquisadores utilizarão a tecnologia Direct Air Capture (DAC), inédita na América Latina. O projeto avaliará ainda o potencial de injeção e armazenamento deste gás em rochas de subsuperfície, evitando que retorne para a atmosfera. O evento de lançamento aconteceu nesta semana, na sede do SENAI-CIMATEC, em Salvador, na Bahia. O CEO da Sinopec Repsol, Alejandro Ponce, o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa, José Salinero e a Gerente de Suporte e Portifólio de Pesquisa, Cassiane Nunes, participaram do evento. Pelo SENAI-CIMATEC, estiveram presentes o diretor de Tecnologia e Inovação, Leone Andrade, e o gerente executivo, André Oliveira. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, foi representado por Carlos Henrique de Oliveira Passos, presidente eleito da FIEB.

A primeira etapa do projeto será desenvolvida com recursos da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e prevê a elaboração do projeto executivo de engenharia da unidade piloto, em parceria com o SENAI-CIMATEC. Para as próximas fases, a startup DACMa também juntará sua expertise ao projeto. “O acordo marca uma etapa importante no avanço destas pesquisas, valorizando o conceito de inovação aberta para contribuir com o desenvolvimento da indústria nacional, transformando o país em importante pólo tecnológico”, destaca José Salinero.

Ilustração do sistema de captura de CO2 do ar do Projeto DAC 5000 - clique para ampliar

Ilustração do sistema de captura de CO2 do ar do Projeto DAC 5000 – clique para ampliar

O DAC 5000 é um passo significativo para a redução das emissões de CO2, com uma solução viável e sustentável. É um projeto totalmente alinhado com as nossas iniciativas de descarbonização da indústria no Senai Cimatec”, reforçou o diretor de Tecnologia e Inovação da instituição, Leone Andrade.

O Projeto DAC 5000 é complementar ao Projeto DAC SI, lançado pela Repsol Sinopec em 2022, em parceria com a PUC do Rio Grande do Sul (PUCRS) e a startup DACMa. O DAC SI prevê o aprimoramento da tecnologia e análise do desempenho operacional em ambiente subtropical, de alta umidade e altas temperaturas -, e terá capacidade inicial de captura direta de 300 toneladas de CO2 do ar por ano. Os projetos fazem parte do programa NET da Repsol Sinopec, que consiste no desenvolvimento de novas tecnologias denominadas Negative Emissions Technology (NET), voltadas para negativar emissões de gases de efeito estufa.

Dentre as tecnologias NET, a captura direta de CO2 do ar é a que possui potencial ilimitado de remoção deste gás da atmosfera, como explica a pesquisadora Cassiane Nunes. “A tecnologia nos permite negativar emissões já produzidas em qualquer tipo de atividade, independentemente de sua fonte geradora. Além disto, por ser compacta, modular e escalável, a tecnologia pode ser adaptada a outros locais, trazendo inúmeros benefícios para o meio ambiente e a sociedade como um todo”, completa.

A diversidade da matriz energética brasileira confere uma vantagem significativa para a pesquisa, criando condições ideais para suprir a demanda energética por meio de fontes renováveis, como energia eólica e solar. Essa abordagem promove a sustentabilidade do projeto, garantindo que a tecnologia implementada seja capaz de reduzir as emissões já existentes. Além disso, há uma vantagem adicional relacionada às formações geológicas das rochas subsuperficiais. Nesse contexto, a Repsol Sinopec está trabalhando em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a PUCRS para avaliar o processo de injeção e mineralização do dióxido de carbono (CO2) em rochas basálticas. Essas rochas são altamente promissoras para o armazenamento permanente desse gás no subsolo. Elas são amplamente encontradas na formação Serra Geral, localizada na Bacia do Paraná, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul. Estudos preliminares indicam que o processo de mineralização pode ocorrer em um período de até dois anos.

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