PETROBRÁS DIZ QUE TRABALHA INTERNAMENTE SOBRE COMPRA DE AÇÕES DA BRASKEM

Em uma semana onde o destino da Braskem voltou a ser notícia, a Petrobrás pode despontar como a possível nova controladora da companhia petroquímica. Para lembrar, no início desta semana, o grupo Unipar fez uma oferta para adquirir o controle acionário da Braskem – que hoje está nas mãos da Novonor (antiga Odebrecht). No entanto, começou a circular na imprensa a informação de que a Petrobrás estaria estudando a possibilidade de cobrir a oferta da Unipar. Indagado hoje (14) sobre o assunto, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, admitiu que a empresa “trabalha internamente” sobre a aquisição.

“Nós temos direito de preferência e estamos confortáveis diante dessa posição. Vamos analisar tudo o que está acontecendo, mas não podemos dizer nada nesse caso, justamente porque gera muita especulação”, disse Prates após uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, em Brasília. “Estamos mantendo uma posição inerte por enquanto, embora internamente estejamos trabalhando”, acrescentou, sem dar maiores detalhes sobre a operação.

Atualmente, a Novonor possui 38,3% da ações totais e 50,1% das ações ordinárias da Braskem, enquanto a Petrobrás tem 36,1% das ações totais e 47,0% das ações ordinárias. A petroleira brasileira tem o direito de preferência para comprar o controle da petroquímica. Após circular na imprensa a notícia de que estaria estudando a compra de ações da Braskem, a Petrobrás emitiu um comunicado sobre o assunto. No texto, a empresa não nega a informação e diz que e a atuação no setor petroquímico é um dos elementos do seu Plano Estratégico 2024-2028.

“No presente momento, a Petrobrás está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia, não havendo qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem”, disse a companhia. “Nesse sentido, a Companhia esclarece que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, concluiu.