ESPECIALISTAS DISCUTEM NO ENASE 2023 OS DESAFIOS DE NEUTRALIZAR EMISSÕES E GARANTIR SEGURANÇA DO SISTEMA ELÉTRICO DO PAÍS
No último dia do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (ENASE 2023), especialistas do segmento debateram como o Brasil poderá atingir suas metas de neutralizar as emissões de carbono, ao mesmo tempo em que garante a segurança do sistema. O painel que discutiu o assunto foi moderado pelo diretor de operações do Operador Nacional do Sistema (ONS), Christiano Vieira. Os debatedores do evento foram: o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, o presidente da (Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), Yuri Schmitke, e o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte.
Os especialistas falaram sobre a operação do Sistema Interligado Nacional em tempos de mudanças climáticas e trouxeram uma visão atualizada da operação do SIN. Além disso, os debatedores também discutiram como o Brasil deve construir uma matriz diversificada e descentralizada, para garantir a segurança do sistema.
Além de reforçar o papel que a energia nuclear desempenha na confiabilidade do sistema elétrico, o presidente da ABDAN também destacou que o Brasil tem potencial para tornar-se um exportador de combustível nuclear.
“Temos a sétima maior reserva de urânio do mundo. Além disso, o Brasil é um dos três países que possui tecnologia, capacidade de produção e minério de urânio. Há cerca de cinco anos, a libra do combustível nuclear custava em torno de 28 dólares. Hoje, esse valor saltou para 60 dólares. Os Estados Unidos possuem 97 usinas nucleares e precisa comprar combustível nuclear. Já está na hora de o Brasil passar a vender esse combustível nuclear de alto valor agregado. Os estudos sobre o setor elétrico também precisam levar em consideração que a energia nuclear promove o transbordo tecnológico e a geração de empregos”, avaliou.
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