LEILÃO DE TRANSMISSÃO TERMINA COM TODOS OS LOTES NEGOCIADOS E PREVISÃO DE R$ 15,7 BILHÕES EM INVESTIMENTOS
O primeiro leilão de transmissão de energia, realizado hoje (30) pelo governo federal na B3, em São Paulo, teve uma presença forte das empresas participantes. Todos os nove lotes colocados na disputa foram arrematados. O deságio sob a Receita Anual Permitida máxima foi de 50,97% frente ao valor estimado inicialmente em R$ 2,6 bilhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o leilão viabilizou R$ 15,7 bilhões em investimentos de nove lotes para a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações, com capacidade de transformação de 400 megavolts-ampère (MVA).
“Este é o maior leilão de linha de transmissão já realizado em nosso país. Estamos tornando realidade, com muito trabalho e determinação, um dos maiores programas de transmissão e de transição energética do mundo. Bater o martelo hoje é muito mais do que um gesto simbólico. Estamos construindo os degraus para garantir a transmissão de energia limpa e renovável para o nosso país”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ao todo, serão 33 empreendimentos em sete estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. A expectativa é de criação de 60 mil empregos diretos e indiretos. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
O lote 1 foi vencido pelo Consórcio Gênesis, que apresentou oferta de R$ 174,1 milhões, representando um deságio de 66,18% em relação à Receita Anual Permitida prevista pela Aneel. O investimento estimado é de R$ 3,16 bilhões em projetos nos estados de Minas Gerais e Bahia. O lote 2 foi arrematado pela Rialma Administração e Participações por R$ 347,8 milhões, com instalações em Minas Gerais e Bahia. O deságio médio foi de 51,00% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) inicial estabelecida pela Aneel.
A Cymi Construções e Participações venceu o lote 3 com a oferta de R$ 70,9 milhões. O deságio foi de 52,13% em relação à Receita Anual Permitida prevista. As instalações do lote, em Minas Gerais, possuem investimento estimado de 921,4 milhões. O lote 4, com projetos em Minas Gerais, foi arrematado pela Furnas Centrais Elétricas S.A. O valor ofertado pela empresa para o lote foi de R$ 68,7 milhões, representando um deságio de 45,75% em relação à Receita Anual Permitida inicial estabelecida pela Aneel.
O Consórcio Engie Brasil Transmissão levou o lote 5 por R$ 249,3 milhões. O deságio foi de 42,80% em relação à Receita Anual Permitida prevista. O lote é composto de 1.006 km em linhas de transmissão na Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. O investimento é estimado em R$ 2,67 bilhões. A Celeo Redes Brasil venceu o lote 6 com oferta de R$ 99,9 milhões. O deságio foi de 48,23% em relação à Receita Anual Permitida prevista. O lote se refere à linha de transmissão 500 kV Xingó – Camaçari II, com 714 km na Bahia e em Sergipe. O investimento estimado é de R$ 1,2 bi.
A CTEEP venceu o lote 7 por R$ 218,9 milhões, com deságio de 41,81% em relação à Receita Anual Permitida inicial. O lote é composto por 1.044 km em linhas de transmissão em Minas Gerais e Rio de Janeiro, e pelo pátio de 500 kV na subestação Leopoldina 2. O lote 8 foi arrematado pelo Consórcio Gênesis por R$ 19,5 milhões, com deságio de 55,35% em relação à Receita Anual Permitida inicial. O lote prevê a construção da Linha de Transmissão 230 kV Recife II – Bongi C1 e C2, em Pernambuco, com 38 km. A CTEEP venceu o lote 9 com a oferta de R$ 7,5 milhões, com deságio de 50,36% em relação à Receita Anual Permitida inicial estabelecida pela Aneel. Com investimento estimado de R$ 94,2 milhões, o lote prevê a construção da Subestação 500/138 kV Água Vermelha, em Minas Gerais.
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