AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA DIZ NÃO VER INDÍCIOS DE EXPLOSIVOS NA USINA DE ZAPORÍJIA, MAS PLANEJA NOVAS INSPEÇÕES | Petronotícias




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AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA DIZ NÃO VER INDÍCIOS DE EXPLOSIVOS NA USINA DE ZAPORÍJIA, MAS PLANEJA NOVAS INSPEÇÕES

IAEA mission arrives at Zaporizhzhia Nuclear Power PlantO conflito entre Ucrânia e Rússia continua trazendo preocupações com a segurança das instalações da usina nuclear de Zaporíjia, que está sob controle russo desde março de 2022. Nesta semana, o governo ucraniano acusou a Rússia de ter instalado “objetos que parecem explosivos no telhado de várias unidades” da usina. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, disse hoje (5) que enxerga a ameaça de uma sabotagem por parte da Ucrânia e alertou que o risco de um “ato subversivo por parte do regime de Kiev é muito elevado”. No meio dessa guerra de versões e com a tensão já nas alturas, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi (foto), traz ao menos uma notícia tranquilizadora: especialistas da agência no local não observaram indícios de minas ou explosivos na usina nuclear.

O diretor da agência acrescentou que solicitou acesso adicional, inclusive ao telhado de dois reatores. A AIEA disse que “está ciente de relatos de que minas e outros explosivos foram colocados dentro e ao redor” da usina nuclear. Especialistas da entidade inspecionaram partes da instalação – incluindo algumas seções do perímetro da grande lagoa de resfriamento – e também realizaram caminhadas regulares em todo o local. Felizmente, até agora, não foram observadas indicações visíveis de minas ou explosivos.

IAEA_Zaporizhzhia_IAEACom a tensão militar e as atividades aumentando na região onde esta grande usina nuclear está localizada, nossos especialistas devem ser capazes de verificar os fatos no local. Seus relatórios independentes e objetivos ajudariam a esclarecer a situação atual no local, o que é crucial em um momento como este com alegações não confirmadas e contra-alegações”, afirmou Grossi. Ele disse que foi solicitado acesso adicional a partes das salas das turbinas, algumas partes do sistema de resfriamento da usina e acesso aos telhados das unidades de reatores 3 e 4, um pedido “necessário para confirmar a ausência de minas ou explosivos no site”.

2022-03-22t105920z_1_lynxnpei2l0ir_rtroptp_4_ucrania-crise-kremlin-chamabidenA possível instalação de explosivos na usina de Zaporíjia foi denunciada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante um pronunciamento ontem (4). “Os militares russos puseram objetos que parecem explosivos no telhado de várias unidades [da usina]”, disse Zelensky, citando informações do serviço de inteligência da Ucrânia. O presidente disse ainda que a Rússia estaria suficientemente encorajada a realizar um ataque desta magnitude porque não houve uma resposta internacional “célere e de ampla escala” do Ocidente à destruição da barragem de Kakhovka e da hidrelétrica adjacente no mês passado.

Do lado russo, porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (foto à esquerda), falou sobre o risco de sabotagem: “A situação é muito tensa, porque o risco sabotagem, que poderia ter consequências catastróficas, é muito real. Então, evidentemente, todas as medidas estão sendo tomadas para conter tal ameaça”. A central nuclear de Zaporíjia, que abriga seis reatores, representa o maior complexo nuclear da Europa e está entre os dez maiores do planeta. Foi erguida pela União Soviética nas proximidades de Enerhodar, próximo à reserva de Kakhovka, que é responsável pelo fornecimento de água para o resfriamento dos seus seis reatores. No total, a Ucrânia possui quinze reatores nucleares.

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