PESQUISA REVELA AVANÇO NO INVESTIMENTO EM PESQUISA SOBRE FUSÃO NUCLEAR | Petronotícias




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PESQUISA REVELA AVANÇO NO INVESTIMENTO EM PESQUISA SOBRE FUSÃO NUCLEAR

Andrew HollandO investimento na indústria global de fusão atingiu um valor acumulado de US$ 6,21 bilhões em 2023, o que representa um crescimento de quase 30% na comparação com os US$ 4,8 bilhões apurados no ano anterior, de acordo com o terceiro Relatório Anual da Indústria Global de Fusão, elaborado pela Fusion Industry Association (FIA). O relatório pesquisou 43 empresas privadas de fusão, ante 27 no ano anterior. O financiamento adicional veio de 27 investimentos individuais, que incluem US$ 250 milhões para TAE Technologies dos EUA, US$ 200 milhões para ENN Science & Technology Development Co da China, US$ 79 milhões para Kyoto Fusioneering do Japão, US$ 55 milhões para Energy Singularity da China, entre outros.

Embora o total de novos financiamentos anunciados este ano seja inferior aos US$ 2,8 bilhões do ano passado, isso mostra investimento contínuo e empolgação com o setor, mesmo com muitos investidores em tecnologia recuando em outros campos”, destacou o relatório. “A pesquisa do ano passado foi dominada por alguns grandes investimentos (USD 1,8 bilhão na Commonwealth Fusion Systems e US$ 500 milhões na Helion Energy), enquanto este ano viu uma gama muito maior de investimentos menores, mas significativos, incluindo apostas em empresas emergentes e novos abordagens de fusão”, acrescentou.

kstarO CEO da FIA, Andrew Holland, destacou que embora o crescimento do investimento tenha diminuído em relação a 2022, ainda aconteceram alguns investimentos consideráveis e um volume crescente de repasses financeiros menores, totalizando US$ 1,4 bilhão, em um período em que o medo da inflação, o aumento das taxas de juros e até a falência de bancos levaram muitos investidores reterem seu dinheiro.

Além do investimento privado, também é notável que estamos vendo um aumento nas parcerias público-privadas e um quadro regulatório emergente para a fusão, que reduzirá o risco de investimentos futuros. Isso mostra que os governos estão começando a planejar a fusão energia e um sinal claro de uma indústria em amadurecimento. Tudo isso ocorre quando as empresas relatam que estão cada vez mais confiantes em atingir seus marcos ambiciosos”, apontou. Ele diz ainda que em todo o mundo, esses programas são diversos em seus objetivos e níveis de financiamento, mas há uma clara tendência de interesse dos governos na fusão nuclear. Estados Unidos, Japão e Alemanha fizeram anúncios no início de 2023 sobre novos programas para apoiar a comercialização de fusão, além do já robusto suporte no Reino Unido.

b1cb8c8044e7fd242d44073042e686cbNo número de empresas privadas de fusão, os EUA continuam dominantes, com 25 empresas e a maior parte do investimento, mas também vimos um crescimento importante em países como Japão, China, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e Israel, enquanto o Reino Unido e o Canadá tem sérios candidatos avançados. À medida que a fusão cresce, talvez essas parcerias público-privadas possam ajudar a atravessar o “vale da morte” se os mercados privados não puderem.

A pesquisa apontou que quatro empresas acreditam que fornecerão energia à rede até 2030 e 19 até 2035. No entanto, a FIA observou que fornecer energia não é o mesmo que ser comercialmente viável e os desafios permanecem. A viabilidade comercial requer custo baixo o suficiente e eficiência alta o suficiente na conversão de energia para tornar a fusão lucrativa, afirmou. Dezoito empresas preveem que sua abordagem de fusão será comercialmente viável até 2035 e outras 13 até 2040.

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