A FUP E A FNP SE MOBILIZAM PARA EXIGIR QUE A PETROBRÁS PAGUE PELO DINHEIRO DESVIADO DO FUNDO DE PENSÃO DOS PETROLEIROS

Os petroleiros vão insistir. Amanhã (23), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) junto com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e outras entidades representantes da categoria promoverão uma segunda manifestação, querendo que a Petrobrás pague à Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros) os bilhões que foram desviados da própria fundação por diretorias corruptas que geriram o fundo de pensão dos funcionários da companhia. Para acabar com déficit, os próprios funcionários estarão pagando um valor até 2030, para garantir que sejam aposentados pelo Petros. A categoria defende mudanças na gestão do Petros e reivindica que a diretoria da Fundação seja, metade, eleita pelos trabalhadores. Atualmente, a gestão é formada apenas por indicação. “Estamos lutando há 7 anos para que tenhamos uma diretoria da Petros onde 50% seja eleita pelos trabalhadores, a fim de que a categoria petroleira tenha gestão sobre o que é feito no fundo de pensão, que é o segundo maior do país”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP. “Essa unidade é fundamental para devolver a Petros para os trabalhadores e trabalhadoras.”

A Petros vem sofrendo com problemas de gestão a ponto de os assistidos – aposentados e pensionistas – terem dificuldade para ter acesso à aposentadoria, além de reduzir benefícios e prejudicar o pagamento de aposentadorias por causa dos Programas de Equacionamento de Déficit (PEDs). Para alguns aposentados e pensionistas, os déficits acumulados ao longo dos anos implicam em insegurança financeira dos trabalhadores. Este é o segundo ato este ano em defesa dos participantes da Petros. O primeiro foi no dia 30 de maio e reuniu  petroleiros da ativa e aposentados.