PETROLEIROS FAZEM MANIFESTAÇÃO EM FRENTE A SEDE DA PETROBRÁS QUERENDO QUE A EMPRESA CUBRA O ROMBO NA PETROS
Petroleiros fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (23) em frente ao Edifício Senado (Edisen), atual sede da diretoria da Petrobrás, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. O movimento foi em defesa da Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros). Convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e outras entidades representantes dos petroleiros, a manifestação teve por objetivo pressionar a Petrobrás a pagar dívidas com o fundo de pensão, acabar com os programas de equacionamento de déficit que penalizam os trabalhadores, e aumentar a representação da categoria na diretoria da Fundação. Mas, aqui pra nós, pelo número de pessoas presentes, a causa não pareceu empolgar muito a classe de petroleiros.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse durante a manifestação, que o foco central do ato foi pressionar a Petrobrás para que ela continue as mudanças no conselho deliberativo da Petros. “Ainda tem pessoas indicadas que estão no conselho e não ajudam no processo de negociação com entidades sindicais a respeito do déficit da Petros. É necessária essa mudança para que a Petrobrás, que deve à Fundação em torno de R$ 20 bilhões, possa sanar esse déficit a partir de um grande acordo que precisa ser feito, principalmente com a FUP que tem uma ação judicial desde 2001. É preciso um acordo nos autos do processo para que possa acabar de forma definitiva com o sangramento no bolso dos aposentados e pensionistas”, disse.
Radiovaldo Costa, diretor do Sindipetro-Bahia, acredita que mesmo depois de assaltada deverão pagar pelos prejuízos da Petros, que investiu mal e ainda teve muito dinheiro desviado: “A Petrobrás tem que pagar essa conta, que é dela. Os aposentados não suportam mais. Está na hora de resolver. A categoria espera que a direção da Petrobrás tome uma decisão política, econômica e financeira que liberte todos nós dessa cobrança absurda e injusta”. Este foi o segundo ato nacional dos petroleiros, este ano, em defesa dos participantes da Petros. A categoria quer mudanças na gestão da Petros, e reivindica que a diretoria da Fundação seja 50% eleita pelos trabalhadores, a fim de que tenham gestão sobre o que é feito no fundo de pensão, que é o segundo maior do país. Atualmente, a gestão é formada apenas por indicação. A Petros vem sofrendo com problemas de gestão a ponto de os assistidos – aposentados e pensionistas – terem dificuldade para ter acesso à aposentadoria, além de reduzir benefícios, provocando insegurança financeira, e prejudicar o pagamento de aposentadorias por causa dos Programas de Equacionamento de Déficit
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