ELETROBRÁS APRESENTA TRABALHOS MOSTRANDO A ALTA TECNOLOGIA EMPREGADA EM SUAS BARRAGENS NA DAMSWEEK, EM FOZ DO IGUAÇU
Termina amanhã (31) a Damsweek, maior evento sobre barragens organizado no Brasil que está sendo realizado em Foz do Iguaçu (PR). A Eletrobrás, apresentou dois trabalhos em uma das sessões plenárias. O primeiro, sobre as inovações tecnológicas de monitoramento na UHE Tucuruí, da Eletrobras Eletronorte, que inclui a técnica InSAR para aferir movimentações milimétricas das estruturas e do terreno, podendo verificar o passado das deformações. O InSAR emprega a técnica de interferometria em imagens obtidas por satélites. Outra inovação também em implementação é a utilização da sistemática de drones para inspeção visual associada ao processamento de imagens, com a incorporação do equipamento denominado Laser Scanner. Já o outro tema é um projeto-piloto que propõe a automatização da instrumentação de monitoramento das estruturas da Usina Hidrelétrica de Batalha, situada na divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais, a qual é mantida e operada pela Eletrobras Furnas.
A parte conceitual do projeto começou a ser desenvolvida em abril deste ano. Em maio, técnicos da Divisão de Instrumentação e Suporte Tecnológico da Eletrobras Furnas, juntamente com o time da Pimenta de Ávila Consultoria, empresa contratada para a elaboração do projeto, realizaram, in loco, o levantamento de requisitos e os testes de comunicação dos instrumentos a serem automatizados. Também coletaram informações para selecionar as alternativas de soluções tecnológicas para o sistema de aquisição e transmissão automática de dados. De um total de 146 instrumentos, 94 serão automatizados. Carlos Antônio Reis da Silva, gerente da Eletrobras Furnas responsável pelo projeto, explicou: “É a primeira usina da Eletrobras a ter a grande maioria dos instrumentos de monitoramento automatizados. O processo vai promover maior precisão e aumento da produtividade pela execução das leituras em tempo real“.
A cerca de 100 quilômetros do centro de Cristalina (GO), a UHE Batalha é de difícil acesso. Sua operação é telecomandada pela UHE Itumbiara (GO/MG), também de propriedade da Eletrobras Furnas. “Com a automatização do monitoramento, teremos um ganho muito significativo em produtividade e em segurança. Uma campanha de medição feita in loco hoje requer, no mínimo, um trajeto de quatro horas, sendo cerca de 80km em estrada sem pavimentação, considerando ida e volta. O sistema automatizado possibilitará leituras dos instrumentos remotamente e em tempo real“, acrescenta Carlos Reis. A conclusão do estudo está prevista para setembro e a implantação do projeto, com investimento de R$ 2,5 milhões, deverá iniciar até o fim do ano.
Vice-Presidente Executivo de Operações e Segurança da Eletrobras, Antônio Varejão (foto à direita) destaca que a segurança de barragens é um tema tratado com extremo rigor, seriedade e responsabilidade na empresa: “Por isso, todos os processos de atualização e modernização que implantamos são precedidos de estudos aprofundados. A Damsweek é uma oportunidade para mostrar esses estudos ao mercado e, assim, estimular ainda mais a cultura de segurança no setor”. Outros trabalhos que a Eletrobras levará para a Damsweek, constarão dos anais do XXXIV Seminário Nacional de Grandes Barragens, um dos eventos que integram a semana, são: as Experiências e Lições Aprendidas na elaboração das Revisões Periódicas de Segurança de Barragem (RPS) das Usinas Hidrelétricas Tucuruí, Samuel, Curuá-Una e Coaracy Nunes, da Eletrobras Eletronorte; e a recuperação dos instrumentos de auscultação da Barragem Auxiliar de Piumhi, no reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas (MG).
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