ARGENTINA CRIA NOVAS FERRAMENTAS PARA EFETUAR REPAROS EM ATUCHA 2, QUE VOLTOU A OPERAR EM TEMPO RECORDE | Petronotícias




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ARGENTINA CRIA NOVAS FERRAMENTAS PARA EFETUAR REPAROS EM ATUCHA 2, QUE VOLTOU A OPERAR EM TEMPO RECORDE

ATUCHA iiA unidade nuclear argentina Atucha II já está fornecendo energia novamente após a conclusão bem-sucedida dos reparos em um dos quatro suportes internos do reator que havia se desconectado e movido de seu local projetado. Essa anomalia foi descoberta durante uma inspeção em outubro do ano passado. Após a descoberta, a unidade foi desligada e uma equipe interdisciplinar trabalhou para diagnosticar a situação, que  decidiu extrair o separador e fazer o reparo remotamente sem precisar desmontar o reator, diminuindo o tempo previsto de reparo de quatro anos para 10 meses, segundo a Nucleoeléctrica Argentina. Em um comunicado, a empresa disse que “após avaliação da situação, foi decidido que a melhor opção para extrair o separador através do canal era cortá-lo em quatro partes. Foi também resolvido reforçar preventivamente a soldadura dos três separadores que ainda estavam montados para evitar danos futuros”.

O separador  estava a 14 metros dentro do reator. Isto indica, segundo os especialistas argentinos, que  novas ferramentas precisaram ser projetadas para se adaptarem a essas condições, incluindo uma ferramenta de corte, uma ferramenta de retenção, uma pinça, um cesto dentro do qual extrair a peça, bem como ferramentas de iluminação e visão para monitorar a manobra. Para testar as ferramentas e treinar e preparar para as manobras de corte e extração foi projetada, fabricada e instalada uma maquete em escala real do setor do reator onde foi realizada a intervenção. O  tanque utilizado para representar o tanque moderador era o mesmo  utilizado como maquete para testar as ferramentas e ensaiar as manobras que permitiram a histórica reparação do reator Atucha I em 1988. O corte do separador demorou duas semanas no total e, uma vez concluído, foi introduzida a ferramenta de extração “que permitiu que cada uma das peças cortadas do separador fosse segurada e colocada no cesto da ferramenta para remoção do reator”. A soldagem dos demais suportes durou seis dias.

A Nucleoeléctrica Argentina disse que trabalhou com outros fornecedores do país para criar as ferramentas necessárias e disse que: “A conclusão deste desafio não apenas marca um novo marco para a indústria nuclear argentina, mas também confirma a capacidade científico-tecnológica do país para levar realizar projetos complexos de engenharia. Desta forma, a experiência adquirida pela Nucleoeléctrica nesta reparação permitirá ao país exportar conhecimentos e ferramentas para utilização em outras usinas nucleares do mundo”. O setor nuclear da Argentina possui três reatores pressurizados de água pesada com capacidade total de geração de 1.641 MWe nas usinas Atucha I, Atucha II e Embalse. A primeira conexão à rede de Atucha II foi em 2014. A construção começou em 1981 como uma joint venture entre a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina e a União Siemens-Kraftwerk da Alemanha, mas as obras foram suspensas em 1994 com a usina 81% concluída. A construção reiniciada em 2006, entrando em operação comercial em maio de 2016.

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