A EXPANSÃO DO MERCADO DE BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL SERÁ O PRINCIPAL TEMA DE ENCONTRO NA PRÓXIMA SEMANA
O atual cenário e as perspectivas para as indústrias de biocombustíveis e óleo vegetal serão temas da 3ª edição do Encontro Novozymes de Óleos Vegetais (ENOV), um dos principais eventos do segmento. Promovido pela Novozymes, empresa dinamarquesa de biossoluções, o evento reunirá, no dia 5 de outubro, em São Paulo, os mais importantes representantes dos segmentos na região, incluindo produtores, investidores, associações e provedores de tecnologia para apresentar e discutir as principais tendências das indústrias. Para Alexandre Braz, gerente do negócio de Óleos e Gorduras da Novozymes na América, o ENOV é uma oportunidade para reunir influentes atores da indústria de óleos vegetais e biocombustíveis, com o objetivo de discutir como aprimorar e otimizar processos e soluções. “Nosso foco é impulsionar a produtividade e a lucratividade das empresas nesses setores. Além disso, esse encontro oferece um ambiente propício para troca de experiências e aprendizados”, destacou. O evento, que tem como objetivo ampliar a discussão sobre desafios e oportunidades da indústria de óleo vegetal e biocombustíveis no Brasil e demais países da América Latina, terá palestras seguidas de discussões que abordarão as perspectivas do mercado de óleos vegetais, soluções e maximização da produção. O debate sobre o cenário econômico trará as perspectivas do mercado de óleos vegetais no Brasil. A palestra que abrirá as discussões sobre o tema será ministrada por Daniel Furlan Amaral, Diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Associação Brasileira de Óleos Vegetais (ABIOVE). Em seguida, representantes de empresas da região debaterão os efeitos práticos do contexto e como isso afeta a tomada de decisões para os próximos anos.
As matérias-primas e as soluções para produção de óleo vegetal hidrotratado (HVO) e do combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) também serão tema de discussão no evento, que contará com duas palestras sobre o tema: Matérias-Primas Renováveis para HVO e SAF, com apresentação de Clayton Melo, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Argus Media; e a experiência da Novozymes Estados Unidos no pré-tratamento de matérias-primas na produção de HVO, por Renan Marangoni, especialista em Tecnologia da Indústria Óleos e Gorduras da Novozymes. Ambos os combustíveis ganharam notoriedade nos últimos anos com a busca de alternativas renováveis. Assuntos mais técnicos também serão abordados no encontro. Ismael Machado, gerente de produção na Bianchini, apresentará um case de sucesso sobre degomagem sequencial com enzimas, além de resultados que maximizam os ganhos na produção de óleo de soja. Um case da Bunge levantará a discussão sobre neutralização química assistida por enzimas em escala industrial, a palestra será ministrada por Claudinei Berti, gerente de Operações Industriais. Marília Matiolli, Diretora da Green Domus, apresentará um case sobre solução enzimática com Eversa e o aumento da elegibilidade no RenovaBio (para geração de CBIOS).
A Novozymes, que é promotora do evento, é uma empresa dinamarquesa líder no segmento de biossoluções, como enzimas e microrganismos. A multinacional atua em 140 países e mais de 30 indústrias, entre elas o processamento de óleos vegetais com produtos e serviços para pré-tratamento de óleos vegetais para o biodiesel, na produção de biodiesel, na degomagem e refino de óleos, na produção de margarinas e gorduras e na oleoquímica.
Em conjunto, nos dias 4 e 5, acontecerá a 9ª edição do TECO Latin America. O evento reunirá importantes representantes da indústria de etanol de milho para apresentar e discutir as principais tendências do setor. O setor de óleos vegetais será responsável pelo processamento de 53 milhões de toneladas de soja em 2023, segundo a última estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Segundo a instituição, o setor de processamento de soja está experimentando um aumento significativo na atividade. Isso se deve principalmente ao aumento na procura por farelo de soja e à crescente demanda por óleo de soja por parte das usinas de biodiesel. Essa demanda adicional pelo óleo de soja ocorreu após a confirmação pelo governo brasileiro de um aumento na mistura obrigatória de biodiesel, passando de 10% para 12% em abril.
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