RODOLFO SABOIA VÊ RISCO DE O BRASIL VOLTAR A IMPORTAR ÓLEO BRUTO CASO A MARGEM EQUATORIAL NÃO SEJA EXPLORADA
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, disse hoje (3) durante uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado que a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial brasileira é uma decisão estratégica muito importante para o futuro do país. Segundo ele, há o risco de o Brasil voltar a importar óleo bruto caso a exploração na área não seja autorizada.
“Será basicamente a escolha entre continuar exportando 1,5 milhão de barris por dia [como acontece atualmente] ou voltarmos a sermos importadores se nada fizermos”, declarou Saboia. “É nesse sentido que a exploração da Margem Equatorial ganha relevância. É a única nova fronteira com perspectiva de substituir hoje a produção que vem do pré-sal”, acrescentou.
Para lembrar, a Margem Equatorial é uma região na costa do país que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte. Atualmente, a Petrobrás tenta licenciar um dos mais promissores poços da área, localizado no bloco FMA-Z-059, na Bacia da Foz do Amazonas. Apesar do nome, o poço está localizado a 500 km da foz do Rio Amazonas. A licença ambiental foi negada em maio pelo Ibama, mas a Petrobrás entrou com um pedido de reconsideração.
No final da última semana, conforme informado pelo Ministério de Minas e Energia, o Ibama emitiu a licença de dois poços na Margem Equatorial, dentro da Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte. Os poços Pitú Oeste e Anhangá estão localizados nos blocos de exploração BM-POT-17 e POT-M-762. Segundo a Petrobrás, a perfuração está prevista para ser iniciada nas próximas semanas, após a chegada da sonda na locação.
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