NUCLEP AVANÇA NOS PREPARATIVOS TECNOLÓGICOS PARA AS PRIMEIRAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO DO SUBMARINO NUCLEAR
O Brasil andou três casas para frente na indústria naval nacional com o corte da primeira chapa da seção de qualificação do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear a ser construído no país. De tecnologia francesa, o submarino já nasce com o nome escolhido, “Almirante Álvaro Alberto”, uma homenagem a um dos pioneiros da indústria nuclear do Brasil. Assim como os submarinos Classes Tupi, Tikuna e Riachuelo, o submarino nuclear terá seus cascos resistentes também construídos no piso fabril da NUCLEP, que é um dos elos mais importantes para o sucesso do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB), para a construção de uma infraestrutura industrial e de apoio à operação e manutenção de submarinos. A construção dos submarinos revolucionou a tecnologia e a indústria naval brasileiras e estima-se a geração de 24 mil empregos diretos e de 40 mil indiretos.
Além das ações diretas com o PROSUB, a NUCLEP, como uma das poucas empresas nacionais capacitadas na construção de equipamentos nucleares no País, participa também da construção de alguns equipamentos que compõem o Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), que será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as condições de operação possíveis para uma planta de propulsão nuclear e que também são primordiais ao desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. “O Brasil agora passa integrar um grupo seleto de países detentores dessa tecnologia. O submarino com propulsão nuclear irá patrulhar e proteger as riquezas da nossa Amazônia Azul e é um orgulho imenso para a NUCLEP fazer parte de mais essa história junto às conquistas da nossa Marinha do Brasil”, disse o presidente da NUCLEP, Carlos Seixas.
Considerado o projeto mais ambicioso da Marinha do Brasil em décadas, o primeiro submarino de propulsão nuclear do país entrou na fase de testes para garantir que sejam cumpridos os padrões de qualidade e segurança exigidos para o início da construção do casco do submarino. Durante essa etapa, também são preparados o maquinário e a infraestrutura, assim como a capacitação dos profissionais envolvidos no projeto, como engenheiros, técnicos e operários. Objeto de uma série de estudos e projetos desde os anos 1970, esse tipo de submarino tem vantagens em relação aos modelos convencionais. A propulsão nuclear, que gera energia pela quebra de núcleos atômicos, dispensa oxigênio para a queima do diesel. Assim, a embarcação tem maior autonomia para navegação porque não precisa emergir periodicamente, para reabastecimento. A propulsão nuclear também propicia maior velocidade ao submarino, que deslocará cerca de 6 mil toneladas e capacidade de mergulhar até 350 metros, com autonomia por até três meses ininterruptos.
Após toda a confusão em que as FFAA se envolveu, vocês irão pintar no submarino a bandeira do Brasil ou a Bandeira do PT?
Parabéns para a marinha. Provando que somos capazes de virar potência.
Eu trabalho no CTMSP, Aramar desde 2001.
Participei do projeto nos anos 90 e sei das dificuldades. Parabéns a todos!