OS ATAQUES TERRORISTAS DO HAMAS FAZ ISRAEL VIVENCIAR O SEU 11 DE SETEMBRO QUE TERÁ CONSEQUÊNCIAS GRAVES NO MERCADO GLOBAL
Israel está vivenciando o seu 11 de setembro particular. As forças de segurança e a inteligência militar foram pegas de surpresa com o ataque bem planejado pelo terroristas do Hamas, que invadiram parte do sul de Israel, furaram cercas e explodiram o muro divisório, mataram, saquearam e fizeram centenas de israelenses de refém. Os terroristas usaram motos, carros e até parapentes na invasão. Até então, pequenos ataques do grupo terrorista, desde que os radicais palestinos assumiram o controle da Faixa de Gaza , em 2006, não são incomuns. Em 2008, 2012, 2014, 2018 e 2021, em maior ou menor grau, assaltos do Hamas e as subsequentes respostas de Israel levaram tensão à região. Israel que controla a geração de energia, determinou a suspensão do fornecimento, provocando um apagão geral. Quem esperava ou pensava que este ataque do 7 de outubro, não terá longas consequências, pode tirar o cavalo da chuva. Eventos como este deixa o mercado do petróleo e a economia mundial, de cabelo em pé. Muito provavelmente a cotação do dólar, as bolsas de valores no mundo e o preço internacional do barril do petróleo sofrerão a influência direta desta volta à instabilidade no Oriente Médio com consequências imprevisíveis.
A violência em qualquer parte do Médio Oriente tende a aumentar a tensão no mercado petrolífero, mesmo quando este está longe de quaisquer campos petrolíferos ou mesmo de nações produtoras de petróleo. Mas é pouco provável que a volatilidade e os preços mais elevados sejam duradouros, dependendo principalmente da resposta dos produtores de petróleo e de outros governos, especialmente dos Estados Unidos.
A ação deste sábado revelou uma audácia, coordenação e efetividade militar vistas poucas vezes no histórico do confronto. Além disso, as consequências do ataque, são terríveis, com mais de 600 mortes dos dois lados. Os danos nas relações internacionais serão profundos, tanto internamente em Israel, quanto na sua relação com o restante do Oriente Médio. Até sábado ( 7) , o recurso mais utilizado pelo Hamas para atacar Israel eram os foguetes lançados de Gaza contra o sul do país. Obtidos por meio de contrabando com túneis construídos entre Gaza e o Sinai, e, segundo o governo israelense, muitas vezes construídos com o auxílio logístico e financeiro do Irã, esses mísseis têm como objetivo principalmente alvos próximos da fronteira.
Analistas internacionais estão apontando um conflito longo, caótico e sangrento, à medida que Israel retaliar contra o Hamas e talvez também contra os seus patrocinadores no Irã. É provável que o número de mortos de civis de ambos os lados aumente acentuadamente, causando horror e angústia em todo o mundo, ao mesmo tempo que aumenta a animosidade de ambos os lados. As implicações geopolíticas serão significativas. Para Lembrar, há semelhanças com a primeira crise petrolífera em 1973, depois de anos de luta entre as empresas petrolíferas que produziam a maior parte do petróleo nos países da OPEP e os seus governos, com tributação, controle e propriedade contestados. Quando alguns produtores declararam um embargo petrolífero e um corte na produção em 1973, o mercado já estava muito apertado após anos de procura crescente, e a perda de oferta de petróleo combinada com a incerteza sobre a duração da guerra que levou pânico nas compras e à triplicação dos preços. Quase tudo o que causou os picos de preços em 1973/74 está ausente desta vez. Haverá muita expectativa daqui pra frente. Nunca uma segunda-feira no mundo terá cara de uma “real” segunda-feira como a de amanhã. Quem viver, verá.
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