FUP INDICA QUE OS PETROLEIROS NÃO ACEITARÃO A PROPOSTA DE AUMENTO DA PETROBRÁS E JÁ TEM PRONTO CALENDÁRIO DE PARALISAÇÕES

A segunda contraproposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023 da Petrobrás deverá ser rejeitada pela categoria petroleira. Esse é o indicativo das direções sindicais apresentado em reunião ontem (10) do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP). A nova contraproposta para o ACT foi apresentada pela Petrobrás na segunda-feira (9), no qual a empresa e suas subsidiárias propuseram 1% de ganho real, além da reposição da inflação, que já foi antecipada, totalizando 5,66% de reajuste. Os trabalhadores esperam uma recomposição salarial, além de um  ganho real de 3%. Os  petroleiros reivindicam 3,8% que seria de uma reposição de perdas passadas e equiparação entre as tabelas salariais da Petrobrás e das subsidiárias.

A questão será levada para votação pela categoria. A FUP e a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) construíram um calendário conjunto de assembleias até o dia 26/10 e paralisações por segmentos, envolvendo todos os trabalhadores da Petrobrás no país, sendo dia 27/10 no refino e UTEs, (usinas termelétricas); dia 30/10 nas subsidiárias; 31/10 nas unidades administrativas; e 01/11 no E&P (Exploração e Produção). Em paralelo, será enviado documento conjunto para a Petrobrás e subsidiárias, solicitando a prorrogação do ACT, até que seja pactuado um novo acordo. As duas federações também deliberaram por ações conjuntas, para buscar pontos considerados prioritários, principalmente a AMS, o plano de saúde e previdência da empresa.

“O recado das direções sindicais na reunião de ontem, dia 10, do Conselho Deliberativo da FUP reforçou o que vem sendo enfatizado nas mesas de negociação coletiva: a reconstrução do Sistema Petrobrás passa necessariamente pela valorização dos petroleiros e pela humanização das relações de trabalho. O indicativo para as assembleias, portanto, é de rejeição da segunda contraproposta”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.