PETROBRÁS COMEÇA TESTES DE TECNOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE VENTOS | Petronotícias




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PETROBRÁS COMEÇA TESTES DE TECNOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE VENTOS

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A Petrobrás deu início a uma nova série de medições de energia eólica no litoral do Rio Grande do Norte (RN), utilizando a versão 2.0 do equipamento batizado de “Bravo – Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore”. Segundo a empresa, essa é uma evolução tecnológica pioneira no Brasil, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobrás. Em colaboração com os Institutos Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e Sistemas Embarcados (ISI-SE), o projeto recebeu um investimento de R$11,3 milhões, graças ao incentivo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel.

O nível de maturidade tecnológica do equipamento avançou e trouxe boas soluções para as limitações encontradas na primeira fase de testes. Esperamos uma Bravo 2.0 robusta e capaz de atender às necessidades da Petrobrás em relação à medição do potencial eólico offshore no Brasil, sendo uma alavanca importante para avançarmos nessa nova fonte de energia”, destacou o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobrás, Carlos Travassos (foto à direita).

travassosA Bravo é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido pela primeira vez com tecnologia nacional. Este dispositivo possui um sensor óptico que emprega feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, fornecendo informações compatíveis com as condições operacionais das turbinas eólicas. Além disso, a Bravo é capaz de registrar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, bem como variáveis oceanográficas, como ondas e correntes marítimas. Todos esses dados desempenham um papel fundamental na avaliação do potencial de uma determinada região para a produção de energia eólica.

mauricio_tolmasquim_na_brateccO diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobrás, Maurício Tolmasquim (foto à esquerda), afirma que quando estiver em estágio comercial, a Bravo contribuirá para o aumento da oferta dos serviços e a redução do custo de implantação dos projetos de eólica offshore no país. “Por ser flutuante, o equipamento é de fácil transporte e instalação ao longo da costa brasileira”, avalia.

Na versão mais recente deste equipamento, um algoritmo desenvolvido especificamente para o projeto permite a correção das informações coletadas, levando em consideração as oscilações causadas pelas ondulações do mar e pelas correntes marítimas. A Bravo 2.0 também foi aprimorada para acomodar dois sensores Lidar em vez de apenas um, o que amplia a capacidade de coleta de dados. Esses dados são posteriormente transmitidos para um servidor na nuvem por meio de comunicação via satélite, para fins de análise.

A Bravo 2.0 possui um peso de 7 toneladas, com 4 metros de diâmetro e 4 metros de altura, sendo alimentada por módulos de energia solar. Será lançada a uma distância de 20 km da costa do Rio Grande do Norte, contando com o apoio da Marinha do Brasil e do consórcio Intersal, responsável pela operação do Terminal Salineiro de Areia Branca. A campanha de testes e medições se estenderá até março de 2024.

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