MORRE O ALMIRANTE ANTONIO CARLOS GUERREIRO, EX-PRESIDENTE DA AMAZUL

Morreu hoje (22), no Rio de Janeiro, aos 63 anos, o vice-almirante da reserva Antonio Carlos Soares Guerreiro, que presidiu a estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) de 2019 e 2022. O militar enfrentava problemas de saúde. Durante sua gestão à frente da Amazul, Guerreiro foi responsável por liderar avanços nos projetos de desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro e do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Ainda durante sua passagem como diretor-presidente da companhia, ele intensificou os trabalhos da Amazul nos esforços para a instalação de centros de irradiação no Brasil visando à utilização das tecnologias nucleares na esterilização de alimentos.

Guerreiro nasceu no Rio de Janeiro e iniciou sua carreira na Marinha em 1975. Em sua trajetória de sucesso na Força Naval, ele ocupou diversos cargos estratégicos no Brasil e no exterior. Guerreiro foi diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério da Defesa, comandante do 8º Distrito Naval, diretor de Ensino da Marinha, comandante da Escola Naval, assessor do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, adido de Defesa e Naval na Inglaterra, Suécia e Noruega, comandante do Navio Tanque Gastão Motta e chefe de gabinete do comandante de Operações Navais.

O velório do almirante acontecerá na segunda-feira (23), a partir das 15h, na capela B Premium do cemitério do Caju. A cremação acontecerá às 18h no Crematório do Caju, na Rua Monsenhor Manuel Gomes, 155.

O ex-Comandante da Marinha, Almirante Ilques Barbosa, divulgou uma nota pessoal dizendo que:

“Tive a honra e o privilégio de conviver com um empreendedor presidente da AMAZUL. Na verdade, todos os marinheiros de nossa Marinha conhecem o Almirante Guerreiro, de há muito.

Uma carreira brilhante onde, além de uma excelência profissional, tinha destaque sua característica principal: uma grande capacidade de articulação com formação e ampliação de sólidas amizades e relações institucionais.

Mesmo adoentado, aceitou convite para contribuir em atividades do Cluster Tecnológico Naval. Nesse sentido, fez ligações com importantes empresas da Noruega.

Também,  como sabemos, marinheiros nunca morrem, simplesmente se ocultam no cavado de uma onda onde, se reúnem com os marlins azuis, merluzas, tubarões brancos, martelos e tigres, espadas, barracudas, sereias, orcas, leões marinhos, focas, as pretas e as leopardos, e, sem esgotar a lista, com os outros Marinheiros.

Guerreiro, a minha continência!

Um grande marinheiro, que tem o meu respeito e consideração!

Com esse, vou para a Guerra!”