BRASIL DESAFIA FORÇA DO SENADOR AMERICANO TED CRUZ E SANÇÕES AMERICANAS AO ALINHAVAR COMPRA DE ENERGIA ELÉTRICA DA VENEZUELA
Uma pressão da ala republicana do congresso norte-americano, liderada pelo Senador Ted Cruz, pode fazer os Estados Unidos iniciar um processo de sancionar economicamente o Brasil por desrespeitar os embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos à Venezuela. O Brasil se apressou em se relacionar economicamente com o governo venezuelano, logo depois dos americanos liberarem a Venezuela das sanções e autorizar comercializar petróleo e ouro. O ítem energia elétrica não está previsto nas liberações. E ontem o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve em Caracas para uma reunião com o ministro de Poder Popular para a Energia Elétrica, Nestor Luis Reverol Torres, com o objetivo de retomar a importação de energia da sucateada usina hidrelétrica de Guri, na Venezuela, para Roraima, no Norte do Brasil. Se o Brasil confirmar da energia elétrica estará desafiando a determinação americana e colocando o Brasil numa espécie de alça de mira de prováveis sanções econômicas. Não é preciso dizer o tamanho do prejuízo para nossa economia e tamanho das dificuldades que passaremos a enfrentar.
O Senador Ted Cruz (foto à direita) tem liderado um movimento no senado americano cobrando do governo Biden uma ação mais rígida com o governo brasileiro desde que o país aceitou receber uma frota de navios iranianos no Porto do Rio de Janeiro, com o posicionamento do governo brasileiro no Conselho de Segurança da ONU, passando panos quentes para o Hamas e se recusando a tachá-lo como um grupo terrorista, principalmente depois do massacre que eles impuseram a população civil de Israel, matando bebês, famílias, sequestrando e estuprando jovens, que tiveram como consequência ataques duros e contínuos contra as instalações do Hamas em Gaza. Na Venezuela, foi formado um grupo de trabalho entre representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da empresa responsável pelo setor elétrico da Venezuela para acelerar as tratativas entre os dois países, verificando os procedimentos e requisitos técnicos a serem cumpridos, além dos acordos operativos. A expectativa é de que em novembro sejam iniciados os testes de carga e transmissão de energia para o Brasil.
Além do ministro de Energia venezuelano, Alexandre Silveira também se reuniu com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e com o ministro do Petróleo, Pedro Rafael Tellechea, para discutir pautas e parcerias entre os dois países. No final, Alexandre Silveira disse que “Foi uma reunião extremamente importante, onde pudemos avançar para garantir a segurança energética do Norte do Brasil, retomando a importação de energia limpa e renovável de Guri para Roraima, que é o único Estado brasileiro que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Vamos fazer isso seguindo todas as normas do ONS. Além de mais sustentabilidade com a compra de energia proveniente da hidrelétrica venezuelana, vamos reduzir o impacto ao meio ambiente e a poluição na região ao diminuirmos o uso das termelétricas a óleo diesel, que ainda são mais caras. Estamos prevendo uma economia R$ 10 milhões por mês para o consumidor brasileiro ao utilizar menos combustível fóssil.”
Alexandre Silveira destacou a liderança do presidente Lula na reconstrução das relações com os países da América Latina: “O Brasil quer modernizar o seu sistema energético, se integrando com países vizinhos, a fim que possamos garantir segurança de suprimento com a maior modicidade tarifária possível. Também é um objetivo do governo do presidente Lula ampliar o intercâmbio com a Venezuela e os demais países vizinhos para as áreas de petróleo e gás.”
Só para lembrar, em março de 2019, o Ministro Bento Albuquerque e governo brasileiro se preveniram e acertaram, criando um plano de contingência para a possibilidade de faltar energia elétrica para Roraima. A desordem do governo do ditador Nicolás Maduro teve reflexos no abastecimento de energia do país que ficou alguns dias vivendo um apagão. E esse grande apagão afetou Roraima. Em função disso, todas as suas cinco termelétricas foram ativadas para manter o abastecimento de energia. No dia 7 de março houve uma breve interrupção pela manhã e outra no final da tarde, sendo impossível, desde então, reconectar o serviço.
A Roraima Energia fez várias tentativas para restaurar a interconexão com a Venezuela, mas isso não aconteceu devido a muita instabilidade. Metade de seu fornecimento de Roraima vinha da usina hidrelétrica venezuelana de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso. O Brasil deixou de importar energia produzida por Guri pela incapacidade no fornecimento, devido a falta de manutenção e investimentos. Paralelamente, depois do apagão de Roraima, a ENEVA fez um investimento no plano de expansão energética na região norte. E, se necessário, exportar energia para o sistema interligado nacional quando o Linhão de Roraima ficar pronto, com capacidade de abastecer até Venezuela, em caso de necessidade.
Engracado que eles flexibilizaram o embargo ao petroleo venezuelano com medo dos Avancos de conflito regional no oriente medio, mas o Brasil nao pode?! Poupe me, esses americanos se Acham oas deuses do planeta, acham que o planeta terra e deles. Esse parlamentar e o pior deles, nao e a primeira vez que ele faz ameaca ao Brasil.