OTC BRASIL USA PROFISSIONAIS PARA TENTAR INSPIRAR RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE PETRÓLEO E GÁS NO PAÍS

A OTC Brasil segue até amanhã (26)  querendo mostrar um mercado promissor, capaz de liderar a transição energética, mas que ainda depende de um marco legal. Este foi o tom do painel “Destravando o potencial para eólicas offshore no Brasil”, em que representantes do setor de óleo e gás destacaram o Brasil como a região ideal para o desenvolvimento desses projetos. A Petrobrás reafirmou sua estratégia de investir em eólicas offshore, citando projeto em estudo no litoral do Rio Grande do Norte. O gerente executivo de renováveis da Petrobras, Daniel Cleverson Pedroso, ressaltou a importância da parceria com o estado, universidades e afirmou que, a primeira etapa, será a de licenciamento da área junto ao Ibama.

 “É importante frisar que, em companhias como a Equinor, disputamos capital de investimento com outros países do mundo e se isso não acontecer em um determinado horizonte, esse capital pode ir para outros países”, declarou André Leite, Diretor de Eólicas Offshore na América Latina da Equinor. “Enxergamos o Brasil como um greenfield, um mercado ainda não regulado. Tivemos um decreto, mas esperamos ter um arcabouço mais robusto para dar mais segurança aos investimentos que vão ser requeridos. Precisamos de um arcabouço regulatório sólido que traga segurança para trazermos esses investimentos para o Brasil“, afirmou Fernanda Scoponi, Gerente Sênior de Desenvolvimento de Negócios – Energia Eólica Offshore da TotalEnergies. Otaviano da Cruz Pessoa Neto, gerente geral de tecnologia e dados aplicados para exploração da Petrobrás, reforçou o compromisso da empresa em desenvolver novas áreas e apontou a margem equatorial como o principal destino do Capex da companhia nesse segmento. “Vamos investir US＄ 3 bilhões em campanhas de exploração na margem equatorial até 2027, com a perfuração de 16 poços”. O gerente de exploração para Brasil, Guiana-Suriname da TotalEnergies, Jacques-Antoine Dal, lembrou que a meta da empresa é ofertar energia com menos emissões, e o Brasil é peça chave nessa estratégia. “No Brasil temos portfólio de multienergia com produção de óleo em águas profundas; plantas solares e eólicas; postos de abastecimento e atividades de pesquisa e desenvolvimento.”

Já Marina Abelha, Superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ressaltou a disponibilidade de novas áreas nos ciclos da Oferta Permanente que será realizado pela Agência Reguladora em dezembro, com destaque para a Bacia de Pelotas. “Todos os 132 setores da Bacia de Pelotas receberam declaração de interesse”.  Valéria Lima, Diretora Executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) disse que “Há um projeto de lei no Congresso sobre o Combustível do Futuro, que contempla o setor aeroviário, mas não o marítimo, o que gera uma lacuna importante. A Noruega tem vasta experiência em emissões de baixo carbono no setor marítimo e complementaridades estratégicas com o Brasil.”

A Repsol Sinopec Brasil (RSB) também está na OTC Brasil. A empresa está utilizando recursos inovadores para aproximar e ampliar o conhecimento do público presente sobre suas atividades. Entre elas, está um espaço interativo com tela touchscreen apresentando sua atuação em ativos estratégicos de exploração e produção. Além disto, o espaço terá hologramas para representar a FPSO do Projeto Raia (BM-C-33), no pré-sal, um dos principais projetos de gás natural no país, e a tecnologia DAC para captura de CO2 da atmosfera. “Esta é uma grande oportunidade de aproximar o grande público da nossa história e atuação de mais de 25 anos no país. Além disto, demonstramos nossa dedicação em impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor, investindo em excelência operacional, tecnologia e sustentabilidade. Juntos, estamos moldando o futuro e construindo um amanhã cada vez melhor“, disse o CEO Alejandro Ponce. O gerente de Comercialização de Gás Natural e Relações Externas, Andrés Sannazzaro, participou do Congresso em uma sessão plenária falou sobre  a “Monetização de campos de alto teor de gás natural”  e Adriana Orejas, participou  nda Mesa sobre Tecnologia e Sustentabilidade, neste mesmo dia.

A MODEC teve a participação de Felipe Baldissera, Diretor Comercial da MODEC que integrou o painel “Tecnologia e Sustentabilidade” nas iUP Technical Sessions. Os palestrantes abordaram questões relacionadas à aplicação da tecnologia para impulsionar a sustentabilidade no setor de petróleo e gás. Discutiram também a transição para energias renováveis, o aspecto econômico e estratégias de redução de pegada de carbono. O consenso entre os participantes é o papel fundamental da colaboração para formar combinações de soluções. “Temos novas demandas e novas formas de solucionar o problema das emissões. Mais do que nunca precisamos ter colaboração entre empresas, países, inovação aberta e regulação clara de novas matrizes. Vai ser uma grande corrida para saber quem vai entregar energia com maior resiliência de emissões e maior descarbonização. Vejo o setor de Óleo & Gás muito presente nessa transição”, afirmou Baldissera.