ARGENTINA VIVE CRISE INTENSA POR FALTA DE GASOLINA E GOVERNO LIBERA DOLARES PARA COMPRA ÀS PRESSAS DE DEZ NAVIOS DE COMBUSTÍVEIS
A Argentina vive novos dias difíceis sob o governo socialista de Alberto Fernandes. A inflação parece imparável e deve passar dos 140% em outubro. Setembro fechou em 138%. Agora o país já sofre com falta de produtos. A gasolina é escassa em todo país desde sexta-feira(26). Primeiro afetou o interior do país. Mas hoje (30), já falta na capital, Buenos Aires. Há longas filas nos postos de abastecimento. Embora o Governo tenha liberado apressadamente 400 milhões de dólares para que as empresas petrolíferas pudessem importar dez navios de combustível, mas isso ainda vai demorar. Os preços congelados fizeram com que a procura fosse para o abastecimento nos postos da YPF. Mas a empresa teve uma paralisação na refinaria, não conseguiu importar os combustíveis por falta de dólares e a situação se espalhou para todas as marcas de postos que atuam no país. Os postos começaram tendo com cotas, racionamento e até que, em alguns casos, os privados quebraram o congelamento de preços. O problema se generalizou. O Brasil já viveu esta fase de congelamento de preços para tentar conter a inflação na época do governo Sarney. E o país deu com os burros n’água com esta política. Não resolveu aqui e nem vai resolver na Argentina.
No meio de buzinaços, alguns veículos que ocupavam quase todas as faixas das vias obstruíram algumas ruas, obrigando o pessoal da companhia de trânsito de Buenos Aires a organizar a confusão. A Secretária de Energia, Flavia Royó , procurou trazer tranquilidade enquanto nas diferentes cidades do país centenas de motoristas faziam fila durante vários quarteirões para conseguir gasolina: “Queremos trazer tranquilidade, não há escassez estrutural de combustível. Nos próximos dias, com os navios que chegarem, a situação vai normalizar.”
Nas últimas horas, o Governo decidiu liberar US$ 400 milhões para que petroleiras possam importar dez navios de combustível em busca de solucionar um problema que, em parte, foi gerado pela própria petroleira estatal e pelas políticas de preços do ministro de Economia, Sergio Massa, candidato à presidência. Ele considerou que “a origem do problema é que no fim de semana passado houve um consumo 15% superior ao do mesmo fim de semana do ano anterior e houve ruptura de stocks para as empresas. Esperamos que tudo se normalize rapidamente.”
A escassez começou nos postos da YPF no início do mês, porque a petrolífera estatal tinha preços mais baixos que a concorrência. Embora a empresa tenha mantido o congelamento, seus rivais destacaram sutilmente os valores e o desequilíbrio fez com que os motoristas recorressem à empresa carro-chefe. As paradas e os problemas de importação devido às licenças que o Governo retém por falta de dólares aprofundaram a escassez nas províncias e depois na Cidade de Buenos Aires. A Argentina importa 32% do seu combustível: 20% do seu diesel e 12% da sua supergasolina.
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