REVERSÃO DO PREJUÍZO E UM LUCRO ROBUSTO NO TERCEIRO TRIMESTRE MOSTRAM QUE O REMÉDIO DA PRIVATIZAÇÃO FEZ BEM À ELETROBRÁS
O balanço trimestral mostra que o remédio da privatização fez bem para a Eletrobrás. A companhia divulgou hoje (8) os resultados do terceiro trimestre do ano (3T23), com destaque para o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório recorrente de R$ 6,2 bilhões e para o lucro líquido regulatório de R$ 2,7 bilhões. O valor de Capex do período é 88% superior ao igual período do ano anterior (3T22), ficando em R$ 1,9 bilhão em investimentos. Já o indicador Dívida líquida/Ebitda, métrica utilizada para avaliar a saúde financeira da empresa, ficou em duas vezes, reforçando a disciplina financeira da companhia.
O atual presidente da Eletrobrás, curiosamente ex-presidente da estatal Petrobrás, Ivan Monteiro, declarou: “Registramos um sólido desempenho financeiro no período, quando aceleramos nossa agenda de criação de valor com ênfase na simplificação da estrutura, na adequação de custos e despesas, na otimização da alocação de capital e na gestão de passivos“. No período, a venda da usina de Candiota (único ativo a carvão da empresa) e da participação na Copel, a aquisição da Baguari Energia e a consolidação de Teles Pires foram importantes passos no objetivo de simplificação da estrutura da companhia, que também iniciou estudos para a incorporação das empresas Eletrobrás Furnas e Eletropar.
Os planos de demissão voluntária também apresentam resultados expressivos. Lançado em 2022, ele representa uma economia esperada de R$ 1,2 bilhão, enquanto o segundo, de 2023, de R$ 670 milhões. No que se refere à otimização da alocação de capital, a Eletrobrás realizou o alongamento do perfil da dívida, com a emissão de cerca de R$ 11 bilhões e o resgate de R$ 6,3 bilhões de notas comerciais. A companhia registrou ainda caixa de R$ 31,2 bilhões em 30 de setembro. Houve ainda uma redução do estoque com empréstimo compulsório de R$ 3 bilhões, totalizando R$ 19 bilhões, além de eliminação de risco off balance de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 510 milhões em possível e R$ 2,3 bilhões em remoto.
No 3T23, a Eletrobrás reduziu sua exposição à energia descontratada e ampliou o foco na estruturação da área de comercialização e na captação de novos clientes. A companhia passou de 34 consumidores finais no 3T22 para 228 no 3T23. A receita bruta de geração e transmissão teve aumento de 10% em relação ao 3T22, chegando a R$ 11,5 bilhões. A companhia tem 194 empreendimentos de transmissão de grande porte em implantação e prevê mais R$ 6,3 bilhões em Capex até 2027.
Qual empresa pública estatal obteve lucro em relatório antes de concessão? É claro que não haveria, e por um motivo óbvio, desvalorização e melhorar a comissão… Sim mas e o povo? O povo que se exploda já dizia o personagem de Chico Anísio (Justo Verissimo, não tenho certeza). Todas as refinarias privatizadas na “jestão” do capetão miliciano corrupto estavam operando no limite do mínimo possível, com elevados riscos de acidente (quem é da área sabe bem) a intenção (no caso má intenção) era bem simples, encarecer ainda mais os combustíveis (gera insatisfação da população) depreciação da empresa.